Ebrahim: “Já dá para encarar as feras”

Depois de quatro corridas na nova categoria, o paranaense Wagner Ebrahim (Bennamed/Guararapes/Sudati Compensados/Valorem), que até então tinha corrido apenas em carros monopostos já sente segurança para enfrentar a “feras” da Stock Car V8. “Acredito que após essa prova em Londrina, onde tive a minha melhor performance, já tenho condições de melhorar o desempenho do carro para obter posições melhores na corrida”, alardeia Ebrahim, que abandonou a última prova depois que levou uma batida por trás. O piloto chegou a ocupar a sétima posição, mas teve que cumprir um ‘drive trought’ pela troca de uma mangueira da direção hidráulica, no grid de largada, que estava furada e derramando óleo na pista.

Wagner Ebrahim acredita que se não houvesse levado um ‘toque’ por trás, o que o empurrou para a barreira de pneus, poderia ter alcançado seu primeiro pódio na categoria. Ele credita isso à sua rápida adaptação aos Astra V8. “Não esperava que fosse tão rápida. Acreditava que demoraria, no mínimo, mais umas duas provas, principalmente pela competitividade da categoria, pelo nível dos pilotos e pelas diferenças em relação aos carros que já pilotei”, confirma o representante da Bennamed/Guararapes/Sudati Compensados/Valorem.

No começo da temporada Wagner teve dificuldade e até um certo descontentamento pela diferença do equipamento, já que o Stock Car é um carro mais mole, maior e mais lento que aqueles que estava correndo até a temporada passada. Depois veio a troca de equipe e um equipamento com reações diferentes do primeiro Astra V8 que experimentou. O que o impressionou, positivamente, foram os reflexos das mudanças de acerto, onde os resultados aparecem imediatamente e com menos alterações do que em outros carros que correu.

Ebrahim se mostra um pouco chateado e preocupado com a falta de punição na categoria, apesar da organização excelente, pois está observando muita gente se ‘tocando’ demais e propositalmente, o que caracteriza atitude anti-desportiva. “Se os dirigentes não cuidarem disso, pode virar uma guerra. Em qualquer categoria, essas atitudes resultariam em mais punições e imediatas, além de mais severas”, alerta o paranaense, que confirmou a punição ao piloto que lhe deu um toque na última etapa.

Mas, quando fala da ‘festa’ que são as provas de Stock Car no Brasil, seus olhos brilham. “Correr em autódromos cheios assim, somente na Europa, quando a corrida era preliminar da Fórmula 1”, fala Ebrahim complementando, “Em poucas categorias vi uma organização tão boa e extremamente profissional”.

Com tudo isso, o paranaense está ansioso pela próxima etapa no Rio de Janeiro. Ele acredita que, mesmo depois de seu acidente, o carro vai ter as mesmas reações da etapa anterior, pois não houve danos significativos e estará pronto. “Tenho certeza de que daqui por diante o nosso desenvolvimento – meu e da equipe -, será bem superior do que até agora e já falamos em classificações bem melhores que as já alcançadas”, entusiasma-se Wagner Ebrahim.



Baixe nosso app oficial para Android e iPhone e receba notificações das últimas notícias.