NarsCastroneves conhece bem os segredos de Interlagos

Depois da estréia em Curitiba a NasrCastroneves Racing faz a sua segunda prova na Stock Car V8 no próximo final de semana em Interlagos.

“Já temos agora o dobro da experiência que tínhamos antes” brinca Amir Nasr um dos donos da Equipe e promete muita competitividade dos carros de Adalberto Jardim e Juliano Moro.

“É o segundo desafio da equipe nessa categoria tão espetacular que agora já conhecemos de participar e não apenas de ouvir falar. Estamos todos muito motivados para usar a experiência que temos em Interlagos para conseguir um bom resultado” completou o sócio de Helinho Castroneves.

Cada pista tem as suas características e os seus segredos. Interlagos não é diferente, é apenas a de maior personalidade, aquela onde pequenas descobertas fazem uma enorme diferença. Principalmente ao final de uma prova de 50 minutos de duração. Se valendo da experiência de Adalberto Jardim (vencedor da Stock Car em Interlagos sete vezes em 1993/1994/1994/1995/1996/1998 e 1999) e dos dados que tem acumulados das provas de F3 em Interlagos (são outras oito vitórias em 1992, 1993, 1993, 1994, 1994, 1998, 1999, 2001) é que a NasrCastroneves está preparando os seus dois carros.

O pacote aerodinâmico é muito importante em Interlagos, não só para aproveitar a longa reta, desde a subida da Curva da Junção até a freada do S do Senna, mas para ter um carro equilibrado justamente na curva que antecede a Junção. Aquela curva em descida depois da saída do Bico de Pato é uma das curvas que o pessoal de F1 mais gosta e usa para ganhar tempo. É que um carro neutro naquela parte da pista aumenta a velocidade média e diminui o desgaste de pneus.

“Estamos dando uma atenção bem grande a essa parte aerodinâmica e já que o nosso carro mostrou em Curitiba que tem bom equilíbrio dinâmico, vamos aproveitar” completou Jardim.

A polêmica da fibra de carbono

Muita opinião, agitação e palpite foram causados pelo acabamento de boa parte dos Stock Car V8 da NasrCastroneves Racing. Dúvidas foram levantadas em relação ao uso da fibra de carbono como material de acabamento na parte do cockpit dos carros 5 e 50. A maior parte dessas observações vem, sobretudo, da confusão quanto ao uso desse material que pode ou não ter finalidades estruturais.

“É simples, em aviões e em carros de competição a fibra de carbono é utilizada em conjunto com honeycombs de alumínio, formando fuselagens ou monocoques, ao mesmo tempo rígidos e leves. Para isso, a resina utilizada para unir a fibra de carbono e o alumínio precisa ser curada a altas temperaturas e sob condições controladas de pressão, usando um autoclave. Além disso, para esta aplicação se usam mantas de fibra de carbono pré-impregnadas, bem mais caras do que as mantas de fibra seca.

Na verdade, a idéia de que se pode obter algum ganho estrutural adicionando-se fibra de carbono a uma estrutura tubular de aço é muito errada. Não existe uma maneira de se conseguir uma união entre a fibra e o aço que seja suficientemente forte para resistir às deformações da estrutura” disse Helio Castro Neves.

No caso da NasrCastroneves Racing, foram utilizadas chapas de fibra de carbono curadas à temperatura ambiente, com finalidade apenas de acabamento. Esses detalhes ajudam muito na estética, na limpeza e na hora de prender acessórios e equipamentos, como as câmeras de transmissão da Globo.

“O mais interessante é que usada assim a fibra de carbono, além da leveza, ainda tem outras vantagens em relação a materiais como o alumínio, a facilidade de trabalhar e o preço. É muito mais barata!” completa o bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis que mais uma vez não poderá ver os carros de sua Equipe na pista já que estará no Japão disputando a terceira etapa do Campeonato da Indy Racing League (IRL).

“Mas na próxima garanto que apareço, não quero perder a festa de que tanta gente me falou tão bem” terminou antes de embarcar em Miami para a longa viagem ao Japão.

Nokia apresenta a Stock Car Brasil, que tem promoção e organização da Vicar Promoções, com supervisão da Confederação Brasileira de Automobilismo. Os patrocínios são de Chevrolet e Pirelli e co-patrocínios de Repsol, Medley e Texaco. Apoios de Cobreq, Fremax e Binno.



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