As “12 Horas de Tarumã” acabou cedo para o paulista Pedro Gomes. No início da prova de longa duração disputada neste domingo, o trio formado pelos pilotos Pedro Gomes, Paulo Gomes e Alcides Diniz foi surpreendido com a primeira quebra no protótipo New Wayn quando a roda traseira esquerda do Aldee Coupê simplesmente quebrou e o carro pilotado por Paulão Gomes bateu no murro, deixando o carro praticamente destruído. O tetracampeão da Stock Car saiu ileso do acidente.
Uma hora depois, no entanto, o carro estava pronto e voltava à pista sob o comando de Pedro Gomes. O piloto conduzia o protótipo por várias voltas até que a caixa de direção começou a apresentar problemas. “Senti que o carro não estava mais respondendo nas saídas das curvas, quando resolvi parar nos boxes. Só que temos um código de sinalização que avisamos a equipe uma volta antes de parar, mas não deu tempo a caixa de direção quebrou”, explica. “O carro ficou sem volante e bati desgovernado no muro. Foi um susto muito grande”, disse Pedro Gomes.
O grave acidente sofrido pelo piloto, entretanto, não foi percebido pela direção de prova, que não autorizou a ida da ambulância até o Centro Médico pelo asfalto. O motorista teve que conduzi-la até o Centro Médico do autódromo pela grama e as dores que Pedro Gomes sentia só foram minimizada pela eficiência da equipe médica.
“Toda a equipe médica e de resgate estão de parabéns, principalmente a doutora Cristiane e sua assistente, que foram as responsáveis pelo meu atendimento. Agora, pergunto aos organizadores e aos comissários responsáveis pelo setor: se por algum acaso o acidente tivesse tido piores proporções – que Graças a Deus, e as nossas Senhoras do Rosário e da Rosa Mística me protegeram e muito – seria esta a postura mais ética imaginada por eles?”, indigna-se o piloto.
No acidente, Pedro Gomes fissurou a ponta da tíbia, do perônio e está com o pé engessado. “Meu pé dói bastante”, afirmou o piloto, que ontem completou 22 anos e hoje passará por uma bateria de exames para analisar as conseqüências do acidente e tomará as providências para a sua recuperação.
A volta às pistas de Pedro Gomes será marcada não só pelo seu pleno restabelecimento, mas por uma novidade: “Estou confiante que em breve estarei de volta às pistas não só como piloto, mas também novamente como sócio-proprietário, voltando a trabalhar ao lado do melhor engenheiro que já trabalhei ao longo dos meus seis anos de automobilismo, o velho e bom Sr. Jayme Silva”, contou.
Nesta nova fase de sua carreira, Pedro Gomes não esquece dos seus patrocinadores. “Gostaria de agradecer a Itupetro, TRW-Varga, Varga Serviços, LuK-INA, Sabó, Elaion, Petrol-CR Dealer, Metrocar, Cofap, Fram, Medley Genéricos (2002) e Bristol-Myers-Squibb (2003), que acreditaram e investiram no meu trabalho. Espero dar muita alegria a todos na temporada 2004, onde por enquanto, só posso dizer que estarei mudando de time”, finaliza.
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