Os pilotos da Katalogo Racing, Pedro Gomes e Fabio Carreira, aprovaram a decisão do diretor de provas da Stock Car, Carlos Montagner, e dos organizadores da categoria, em adotar o sistema de largada lançada na etapa do Rio de Janeiro, neste domingo (19), em Jacarepaguá. No ano passado, Pedro Gomes ficou parado no grid quando foi dada a luz verde, e foi atingido por Neto de Nigris e Giuseppe Vecci em um dos acidentes mais espetaculares da temporada. “A largada lançada elimina o risco de um acidente como o que tive no ano passado. Acho essa decisão correta”, declarou Pedro. “A largada lançada, no entanto, não elimina completamente o risco de acidentes se o pessoal não se respeitar, e esse assunto deve ser muito bem discutido no briefing”, ressaltou.
Para Fábio Carreira, o principal complicador para que fosse mantida a largada tradicional é o grande número de carros na categoria este ano. Com 40 pilotos alinhados lado a lado no grid – o que significa um total de 20 filas – a chance de que um deles fique parado no grid e seja atingido por quem vem atrás é muito grande. “O Stock Car acelera muito rápido. São 450 hp e, em poucos metros, já estamos a 150km/h. Uma batida frontal a essa velocidade em alguém parado no grid é um risco até mesmo para quem está dentro de um carro de corridas, que tem toda a segurança”, lembrou o piloto.
Fábio e Pedro lembraram que a Nascar, categoria na qual a Stock Car brasileira se espelha, adota o sistema de largada lançada principalmente por correr em circuitos ovais, e também pelo elevado número de pilotos inscritos em cada uma de suas provas. “O crescimento e o profissionalismo da Stock Car brasileira tem gerado mudanças que, se forem bem elaboradas, serão sempre bem vindas. A organização ainda não divulgou se o sistema de largada lançada será mantido para toda a temporada, mas seria muito bom que o procedimento fosse adotado”, finalizou Pedro Gomes.
“Pilotos devem se respeitar também nas largadas lançadas” – O tetracampeão da Stock Car, Paulo Gomes, ressaltou a necessidade de haver respeito entre os pilotos da categoria também nas largadas lançadas, para que não haja acidentes mesmo que este procedimento seja mais seguro que o tradicional. Para Paulão, se os pilotos que partirem no pelotão de trás aproveitarem o sistema lançado para ganhar posições, o risco de confusões no momento da luz verde pode continuar existindo. “Largada lançada é segurança. Este não é um procedimento feito para facilitar as ultrapassagens e os pilotos precisam ter a consciência de que terão a corrida toda para ganhar posições. Se houver entre os pilotos brasileiros a cultura que os americanos da Nascar têm, de respeitar as posições de largada, a segurança vai aumentar muito”, declarou Paulão.
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