Terceiro colocado no final da temporada passada, o piloto Antonio Jorge Neto comprovou nas duas primeiras corridas deste ano que continua como um dos favoritos a brigar pelo 27º título do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8. Depois das provas de Interlagos e de Curitiba, Neto ocupa o terceiro lugar com 25 pontos contra 34 do segundo colocado Giuliano Losacco, o campeão de 2004, e 50 do líder Cacá Bueno. A prova de domingo, a quarta da temporada, será no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e terá transmissão ao vivo pela SporTV2 a partir das 13 horas.
“Se o Cacá ganhar outra, acho que ninguém mais o segura. Veja que ele venceu em São Paulo, e em Curitiba, pistas com características diferentes. Se também sair vitorioso no Rio, vai mostrar que o carro dele está perfeito e ainda ele atravessa uma boa fase. No entanto, vou trabalhar para evitar que isso aconteça, pois acredito que se acertarmos bem o carro temos chance de vitória”, disse o piloto da equipe Eurofarma-RC.
A preocupação de Neto com a vantagem inicial de Cacá Bueno tem fundamento, pois nas duas últimas temporadas os campeões David Muffato (2003) e Giuliano Losacco (2004) praticamente garantiram o título no início do ano, quando conquistaram importantes resultados e abriram boa vantagem na classificação. Depois, eles conseguiram manter a diferença que os levou ao título.
“Esse é um ponto que tem me preocupado muito, pois neste ano o Cacá tem feito boas apresentações e ganhou as duas primeiras seguidas, o que não aconteceu nem em 2003 nem em 2004. Precisamos trabalhar mais para tentar pará-lo e quero me aproximar dele na pontuação”, completou Neto.
Apesar de na temporada passada a equipe comandada por Rosinei Campos, o Meinha, não ter encontrado um bom acerto para os 4.933 metros do seletivo traçado de Jacarepaguá, Neto confia na recuperação, pois ele fez a pole position de uma das duas corridas de 2004 no traçado carioca.
“Vamos ver se uma coisa compensa a outra. Tenho conversado bastante com o Meinha e discutido sobre a suspensão. Temos de sair num bom caminho, pois se precisarmos mudar muito, temos poucos treinos e fica difícil, pois a gente perde bastante tempo”.
Uma das maiores preocupações de Antonio Jorge Neto, assim como de todos os outros pilotos, é o desgaste dos pneus depois da metade da prova. Esse fator pode levar um piloto a perder ou ganhar várias posições.
“Temos de buscar uma boa combinação de acerto, pois a pista de Jacarepaguá tem reta longa, sequência de curvas que dificultam a ultrapassagem. No Rio por ser ao nível do mar, o aproveitamento dos 450 cavalos do motor é total, pois temos muito oxigênio no ar”, disse Neto, de 41 anos.
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