Primeiro, a perda da porta esquerda; depois, uma batida de um adversário que quebrou a caixa de direção e forçou o abandono. Foi assim a corrida de Raul Boesel na segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car, em Curitiba –, ironicamente no circuito que leva seu nome em homenagem ao campeonato mundial de carros esporte protótipo conquistado em 1987 pelo atual piloto da equipe Embratel 21 Motorsport.
“Em uma categoria com tanta igualdade entre os carros como é a Stock Car V8, qualquer problema em qualquer fase dos treinos é decisivo”, constatou Boesel, referindo-se às dificuldades que enfrentou. “A quebra do extrator no último treino livre me atrasou na prova de classificação e, em vez de um lugar por volta da 10ª posição, fiquei em 27º no grid. Daí para frente, só se vai para frente com a ajuda da sorte, e desta vez ela não me ajudou”.
O piloto curitibano já esperava um começo de prova árduo por largar no meio do pelotão. “Lá, acontece de tudo. Alguns pilotos querem ganhar posições de qualquer jeito e as batidas se sucedem”. Foi em um destes lances que a porta do carro foi arrancada, prejudicando definitivamente o desempenho do carro. “O ar entrava na cabine e me fazia perder velocidade nas retas”. Mesmo assim, Raul recorreu à sua vasta experiência para chegar ao 18º lugar.
Em vão. Na 13ª volta, um choque com Adalberto Jardim em uma disputa de freada deu fim à sua participação. “Descemos a reta lado a lado e na hora de frear, ele veio para o lado esquerdo como se não estivesse me vendo, me bateu lateralmente e minha corrida acabou quando ainda faltavam 16 voltas. Como eu já havia ganhado 10 posições, fica claro que isso me custou a chance de marcar pontos”, lamentou Boesel, que disputará a próxima etapa, no dia 19 de junho no Autódromo do Rio de Janeiro, com um carro preparado por Anésio Hernandez, um dos profissionais de maior sucesso na Stock Car V8.
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