Se vencer a segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car, neste domingo, Raul Boesel quebrará um tabu e, o mais importante, concretizará um sonho que poucos pilotos não têm a menor chance de realizar. O tabu é o de se tornar o primeiro paranaense a triunfar em Curitiba; o sonho, vencer no Autódromo Internacional Raul Boesel, que é tem esse nome em homenagem ao campeonato mundial de carros esporte protótipos conquistado em 1987.
“Sinto um orgulho enorme por ter um circuito com o meu nome, e mais ainda por ser na cidade onde nasci”, comenta o piloto da equipe Embratel 21 Motorsport. Mais do que nas outras etapas, Boesel estuda as estatísticas e condições das corridas de Curitiba. “Normalmente já não deixo nada ao acaso, mas quando as corridas são lá, a minha preparação é muito mais cuidadosa. Sei a previsão de tempo de todos os dias, a possibilidade de chuva, quando vai fazer frio ou calor. Assim, posso programar melhor os treinos. E como a pista é bem difícil, é preciso aproveitar todo o tempo de pista possível”.
Boesel define o circuito como extremamente completo – e, por isso, complexo. “A reta é muito longa e termina com uma freada forte que antecede uma série de três curvas de baixa velocidade. Também tem o S de alta velocidade, que exige que o carro reaja bem à mudança súbita de direção. Isso aumenta a importância do acerto de suspensão, que tem de ser muito preciso para que não se use muito aerofólio e se perca velocidade na reta. Carro que anda bem lá anda bem em qualquer outra pista do Brasil. E eu acho muito legal que uma pista como essa tenha meu nome”, orgulha-se o piloto.