A segunda etapa da Stock Car será disputada neste final de semana em uma pista que rivaliza com Interlagos a condição de “quintal de casa” para a maioria dos 40 pilotos da categoria. Trata-se do Autódromo Internacional de Curitiba, que é a etapa local de oito pilotos paranaenses e de times tradicionais da Stock Car sediados na cidade, como a RC Competições e a Petrobras-Action Power.
Mas não são apenas os paranaenses quem se sentem em casa em Curitiba, que, depois de Interlagos, é o autódromo que mais recebeu a categoria na chamada “nova fase” da Stock Car, iniciada em 2000 com a introdução dos chassis tubulares. Todos os anos, pelo menos duas etapas são realizadas em Curitiba. Em 2001 e 2003, foram três provas, mesmo número de São Paulo.
Com tantas corridas, deixando para trás inclusive locais de tradição, como o Rio de Janeiro, Curitiba também é considerada uma corrida “de casa” mesmo para pilotos paulistas, como explica Beto Giorgi, da equipe Cisne-JF.
“Adoro a corrida em Curitiba, onde me sinto em casa. O ambiente da cidade é muito bom, tenho vários amigos aqui e inclusive já corri por equipes paranaenses. Tecnicamente falando, também conheço bem a pista, porque a Stock Car anda bastante neste autódromo”, explica Giorgi (Cisne-Neoforma).
Os resultados no autódromo paranaense ajudam a explicar o porquê de Giogi se sentir à vontade em Curitiba. Logo em sua primeira prova na capital do Paraná, em 2000, o atual piloto da Cisne-JF chegou em segundo lugar. O excelente desempenho não foi caso isolado: nos anos seguintes, o paulista obteve em Curitiba alguns de seus melhores resultados na categoria. Foram outros três pódios (um 2º lugar e um 3º, em 2001, e outro 2º em 2002).
Depois de três segundos lugares em Curitiba, Giorgi admite que seu maior sonho seria mesmo subir um degrau a mais no pódio. “Já venci em Brasília, Rio de Janeiro e Campo Grande, mas uma vitória aqui em Curitiba seria bastante marcante, pelo carinho especial que tenho por esta prova”, diz o piloto.
Na abertura do campeonato, em São Paulo, Giorgi foi um dos destaques da prova, ao registrar o recorde de ultrapassagens na pista. Em Interlagos, foram 21 ao todo, e com isso ele pôde fazer uma prova de recuperação, terminando na sétima colocação. Um bom resultado para quem, depois de já disputar o título da Stock Car (em 2002), está voltando neste ano após dificuldades de patrocínio.
“A cada etapa espero melhorar meu entrosamento com o Jorginho de Freitas (chefe da equipe Cisne-JF) e por isso acho que, para a primeira prova que fizemos juntos, o resultado em Interlagos foi bom se considerarmos as circunstâncias daquela prova. Agora é trabalhar para conseguir uma boa classificação no sábado e brigar pelas primeiras posições no domingo”, espera o piloto.