O título de campeão da Stock Car V8 não mudou nada na vida de Giuliano Losacco. Quase nada, pois se por um lado ele passou a ser reconhecido nas ruas, por outro, continua o mesmo piloto determinado, tranquilo e sempre preocupado com os adversários. Outro ponto que não mudou foi sua tática na principal categoria do automobilismo da América do Sul: pontuar em todas as provas. Foi isso o que ele fez, mais uma vez, na abertura da histórica temporada de 2005, quando a Stock Car teve pela primeira vez em seus 26 anos de vida, duas marcas na pista: Chevrolet Astra e Mitsubishi Lancer. A segunda prova da temporada marcada para o próximo domingo, dia 8 de maio, no autódromo da capital paranaense, empolga Losacco. A corrida terá transmissão ao vivo pela SporTV.
“Gosto dos dois traçados da pista de Curitiba, tanto o do anel externo quanto o do circuito misto. Tenho boas recordações da cidade. Minha ex-equipe (RC Competições) era de Curitiba e eu ia muito à pista. Meu carro vai estar bom e deve dar samba!”, brincou Losacco, que terminou em segundo lugar em São Paulo.
As boas recordações e a empolgação de Giuliano com os 3.704 metros do traçado do circuito misto estão baseadas em estatísticas. Em 2003, seu ano de estréia na Stock Car V8, ele fez a pole na abertura da temporada e terminou em segundo lugar. Em cinco participações na pista curitibana ele ganhou duas vezes, terminou uma em terceiro lugar e outras duas na quarta posição.
“Eu e o Cacá terminamos no pódio em Interlagos, mas ainda é muito cedo para falar que este ou aquele tem mais ou menos chances de chegar ao título. Tem muita gente boa que, por vários fatores, não foi bem em São Paulo. O Cacá é um forte e leal adversário. Ele erra pouco e anda bem”, disse o mais jovem campeão da história da Stock Car V8. Ao se sagrar campeão Losacco tinha 27 anos e superou em alguns meses Ingo Hoffmann.
Para Losacco, existem muitos pilotos com condições de chegar ao título da Stock Car V8. Ele evita citar nomes, mas reconhece um grande equilíbrio e altíssimo nível técnico na categoria.
“Só mesmo depois da segunda ou terceira etapa é que vai dar para falar alguma coisa, pois precisaremos ver como estarão os outros pilotos com chances na próxima etapa. Muita gente ficou surpresa com a atuação do Luciano Burti, mas eu não, pois ele tem um carro bom na mão, o carro campeão do ano passado. Depende somente dele se adaptar ao carro. Com um carro bom e uma equipe boa não tem por que não andar bem”, disse Giuliano.
Para o campeão de 2004 o título do ano passado confirmou um pensamento que ele tinha desde que começou a correr na Stock Car V8: a importância dos treinos classificatórios, que definem as posições de largada.
“Já sabia que é sempre bom terminar a corrida o mais para a frente que puder e agora tenho certeza absoluta de que com o nível da Stock, a tomada de tempo equivale a uma garantia de 80% ou 90% de boa corrida. Quem conseguir largar na frente, entre os três ou quatro primeiros, tem chance. Assim, o carro tem de estar bom e se fazer uma boa classificação para se ter uma boa prova”, completou Losacco.