STJD diminui pena e Muffato retorna na etapa de Curitiba

Em sessão realizada na manhã desta segunda-feira no Rio de Janeiro, o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva da Confederação Brasileira de Automobilismo ratificou a portaria 03/03, baixada neste mês pelo presidente da entidade, Paulo Scaglione. Por cinco votos a zero, o órgão confirmou a suspensão do piloto David Muffato (Repsol) por uma corrida, já cumprida na sexta etapa em São Paulo, e a multa de 50 UP’s (cerca de R$ 5.000,00). Desta forma, o vice-líder da temporada está liberado para voltar à categoria a partir da próxima prova, marcada para 17 de agosto em Curitiba.

Muffato havia sido punido pela CBA em função dos incidentes verificados em Londrina. Na oportunidade, além de se envolver em acidentes com Pedro Gomes, o paranaense disparou acusações consideradas ofensivas à honra do piloto paulista em entrevista ao vivo pela TV Globo. Mais tarde, Muffato arrependeu-se e apresentou pedido de desculpas, mas a CBA, por meio da portaria 02/03, resolveu puni-lo com o afastamento por duas corridas.

Na véspera da prova em Interlagos, os advogados de Muffato conseguiram liminar na Justiça que o autorizava a participar do evento. Muffato, porém, abriu mão do documento, já que horas antes havia recebido intimação do STJD para apresentar explicações sobre o episódio de Londrina. Dias depois, o próprio presidente Paulo Scaglione resolveu abrandar a punição, reduzindo a suspensão para uma corrida, mas mantendo o pagamento da multa. A última palavra, no entanto, caberia ao STJD.

Muffato compareceu ao STJD na companhia do advogado Augusto Faletti. A fita da corrida no norte paranaense foi exibida e os membros do tribunal pediram ao piloto que comentasse os trechos que provocaram a polêmica. Consideraram satisfatórias as suas explicações e, por unanimidade, mantiveram o teor da portaria 03/03.

“Foi pior do que ficar parado na largada. Nunca tinha entrado num tribunal, e essa hora inteira que passei lá foi angustiante. Felizmente, tudo acabou bem. Acho que acertei ao abrir mão da liminar. Questões esportivas devem ser mantidas no âmbito esportivo. Eu tinha convicção de que o STJD faria justiça. Assumi meus erros e já havia pago um preço alto por eles. Agora, não vejo a hora de voltar a correr. O Ingo que me espere, porque vou para Curitiba disposto a recuperar a liderança”, avisa Muffato.



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