“A julgar só pelo resultado final, foi um fim de semana para ser esquecido, mas também houve fatos positivos”, afirmou Raul Boesel ao analisar a primeira corrida da recém-fundada equipe Embratel 21 Motorsport. Alijado da corrida na sétima volta por uma persistente falha de motor, quando já tinha ganhado seis posições, o piloto curitibano teve tempo para avaliar o potencial do carro, e credita à insuficiência de testes os problemas que enfrentou desde o primeiro dia de treinos.
“Mesmo largando em último, consegui fazer algumas ultrapassagens nas primeiras voltas e fiquei animado. Mas o motor voltou a falhar na terceira volta e como estava piorando, preferi abandonar a corrida. Mas no tempo que fiquei na pista senti que os problemas decorrem da imaturidade”, analisou Boesel, que foi campeão mundial de carros esporte protótipo em 1987.
“As minhas 26 temporadas como profissional me ensinaram a dar tempo ao tempo. Se a Stock Car permitisse mais testes, estes problemas já estariam no passado; outra alternativa seria o uso de computadores para coletar dados, o que possibilitaria aos técnicos verificar tudo que acontece com os carros sem precisar sequer sair dos boxes. Essa permissão já constava do regulamento deste ano, mas algumas poucas equipes fizeram pressão contra e a regra voltou ao que era”, lamentou Boesel.
A próxima etapa da Stock Car será no dia 15 de maio, em Curitiba. “É a minha cidade natal e o autódromo de lá se chama Raul Boesel, por isso o carro vai ter de estar perfeito”, lembra ele. “Pena que os testes programados para os dias 11 e 12 foram adiados. Para nós não foi bom, mas como foi a vontade da maioria, não podemos reclamar”, lamenta Boesel.