Nova regra de boxes prejudica a JF Racing

No primeiro dia de treinos da Stock Car, uma novidade causou estranheza em alguns pilotos e preparadores. Ao contrário dos anos anteriores, o posicionamento dos times nos boxes não obedece à classificação da equipe no campeonato passado. A nova regra neste ano prevê que a ordem seja determinada pela classificação do piloto no campeonato de 2004.

A Cisne-JF foi a mais prejudicada com a nova medida. Jorge de Freitas foi o responsável pelos carros de Ingo Hoffmann e Sandro Tannuri no ano passado, que, juntos, marcaram 125 pontos. Mas, por correr com um piloto que não competiu na temporada 2004, o time foi colocado no último box o de número 22 em Interlagos.

“Acho estranho que a regra mude assim, de uma hora para outra. Estamos com um patrocinador novo e contamos com uma equipe que terminou bem o campeonato no ano passado, e logicamente isso deveria incluir um melhor posicionamento nos boxes”, comenta Beto Giorgi.

O paulista ressalta que a nova ordem pode até privilegiar os pilotos que terminaram bem o campeonato do ano passado, mas o que não pode haver é uma distorção do posicionamento de equipes de ponta, com a JF Racing.

Esta também é a opinião do chefe da Cisne-JF, Jorge de Freitas. “A nova regra ignorou meus 11 anos de histórico na Stock Car. Quem não conhece nosso currículo vai olhar nossa posição nos boxes e achar que a gente entrou na categoria neste ano. Será que faz sentido uma Ferrari ou uma McLaren ficar em último lugar no box só porque não contam com um piloto que não competiu no ano anterior? Como acontece no mundo inteiro, a ordem deve ser determinada pela equipe, e não pelo piloto”, reclama o preparador.

Ironicamente, Giorgi foi protagonista de uma história inversa na temporada 2003. Na temporada anterior, de 2002, ele terminou o ano na quarta colocação. Mas no campeonato seguinte ele trocou de equipe, indo correr em uma estreante. Como a regra anterior era a mesma utilizada no mundo inteiro (vale a ordem da equipe, e não dos pilotos), o piloto e seu novo time ocupavam um dos últimos boxes de Interlagos.

“Naquela época, nem reclamei porque a regra é justa e, afinal de contas, é universal em todo o automobilismo. O que me causa espanto é realmente esta mudança de última hora para a temporada 2005”, comenta Giorgi.

Em sua volta à categoria, o piloto considerou seu primeiro dia de treinos livres bastante satisfatório. Ele ficou na 21ª posição entre os 40 que treinaram, estabelecendo o tempo de 1m40s540.

“Olhando a tabela, parece que estamos no meio do pelotão, mas basta ver que apenas 1s1 nos separam do primeiro colocado. Ou seja, estamos na briga, ainda mais lembrando que este foi praticamente o shakedown do nossa carro, que não pôde andar muito nos testes coletivos da semana passada”, explicou Giorgi.



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