Em 2003 e 2004, os campeões David Muffato e Giuliano Losacco garantiram seus títulos na primeira fase do campeonato. Tanto Muffato quanto Losacco chegaram ao fim da quarta de um total de 12 etapas com 75 pontos – daí para frente, puderam administrar suas campanhas de prova em prova, de acordo com as circunstâncias.
A conclusão é de Thiago Marques, ao explicar seu otimismo ao fim dos dois dias de testes que a categoria realizou em Interlagos. Depois de marcar seu melhor tempo na pista paulistana na segunda-feira, 1min39s613, sem utilizar pneus novos, o piloto da equipe Petrobras/Action Power dedicou a terça-feira à pesquisa de novas regulagens – e terminou o dia com o tempo de 1min40s044, estabelecido com pneus que fizeram 75 voltas pelos 4.309 metros de Interlagos. “Apesar de mais lento, o resultado do segundo dia foi melhor que o do primeiro. Este tempo equivale a 1min38s8 com pneus novos”, estimou o piloto, que se encarregou, ele mesmo, de definir o acerto do carro.
“Como não há tempo para experiências nas corridas, os meus engenheiros Affonso Rangel e Jorge Salmini tomam as decisões em conjunto com o Paulo de Tarso, meu pai. Por isso, aproveitei para tirar dúvidas. Algumas mudanças não funcionaram, mas outras foram positivas. Mesmo com os pneus cada vez piores, fiquei em primeiro por um bom tempo na penúltima sessão de treinos. No intervalo, fiz outra mudança e abaixei um décimo de segundo na última. E melhor que isso foi entender melhor como o carro funciona. Isso me faz evoluir como piloto”, comentou Thiago ao fim da terça-feira, alegre mas feliz. “Nunca tive a chance de andar tanto tempo seguido. Contando os treinos e a corrida, foram cinco dias seguidos”.
O fato de só ter havido uma quebra, da bomba de gasolina na tarde da terça-feira, animou ainda mais deixa o piloto da Petrobras/Action Power. “O carro está muito rápido e resistente, é um ótimo ponto de partida para 2005”, resumiu o curitibano, que terminou o Brasileiro de 2004 em nono. Essa posição, porém, não considera os 14 pontos do quarto lugar obtido na primeira etapa e que lhe foram subtraídos em uma desclassificação a ser arbitrada na justiça comum. “Ganharei três posições, empatando com o Ingo Hoffmann e a apenas dois pontos do quinto, o Raul Boesel, um excelente resultado em um campeonato de tão alto nível como o deste ano”, avalia o piloto do Paraná, que se considera o sexto colocado no campeonato. “Na pista, conquistei 86 pontos, mas por enquanto só foram considerados 72. No ano que vem, quero evoluir ainda mais. E a maneira certa é ficar entre os primeiros desde a prova de abertura”.