Nem tudo foi festa na 11ª etapa da Stock Car, disputada no último domingo (07/11) no Autódromo de Campo Grande, quando o paulista Giuliano Losacco sagrou-se o mais jovem campeão nos 25 anos da categoria no Brasil. Mais uma vez houve problemas no procedimento de largada, que acarretaram problemas mecânicos em vários carros, principalmente de superaquecimento de motores, alterando assim o resultado da prova e as possibilidades de vários pilotos na corrida. Atenta aos aspectos desportivos e principalmente aqueles relacionados com segurança, a ABPE volta a se manifestar acerca de sugestões e providências de fácil aplicação que, se não resolvem na totalidade, minimizam muito as conseqüências de problemas verificados durante os procedimentos de largada.
Assim como aconteceu na etapa do Rio de Janeiro, mais uma vez a largada foi postergada por muito mais tempo do que seria aceitável, em virtude da presença de um cachorro na pista, que poderia colocar em risco os concorrentes, tal como ocorreu no GP Brasil de Fórmula 1 este ano, quando uma matilha passeava pela pista durante um treino. Num grid com mais de 30 carros como é o da Stock, seria lógico mostrar a placa de largada atrasada, que manteria a integridade mecânica dos carros até que o problema fosse resolvido.
“Com o grande número de carros que compõem o grid da Stock Car o alinhamento de todas as filas já é um fator que pode gerar problemas, por isso o procedimento tem que ter precisão total. Como já sugerimos após o acidente na largada da prova do Rio, nos manifestamos a favor de que a largada seja feita com os carros em movimento”, declarou Fernando Parra, presidente da ABPE.
A Associação Brasileira de Pilotos e Equipes da Stock Car sugere que a largada obedeça a regras simples e que os carros – alinhados – tenham a velocidade controlada antes de passarem pela linha de largada, para então imprimirem o ritmo forte, como acontece com diversas provas espalhadas pelo mundo. “Assim acaba-se com o problema de superaquecimento, principalmente dos carros que largam na frente”, concluiu Parra.
Assim, acredita a ABPE, seriam minimizados os perigos das largadas estáticas, que a cada prova se mostram latentes, assim como aqueles relacionados às largadas lançadas, quando os carros chegam muito velozes na primeira curva. A sugestão visa aumentar a segurança e indiretamente reduzir custos, pois vários motores sofreram avarias na prova de Campo Grande por causa do superaquecimento.