Em fase de ascensão, o paranaense Thiago Marques confessa que não vê a hora de iniciar os treinos da 11ª etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8, que será disputada no Autódromo de Campo Grande. Nono colocado no Brasileiro, o piloto da equipe Petrobras/Action Power lembra que lá obteve sua melhor posição de largada, o terceiro lugar na segunda etapa de 2003.
Como seus resultados vêm melhorando a cada prova, o piloto de Curitiba acha que tem chances de melhorar ainda mais sua posição no campeonato. “Meu carro está evoluindo e marquei pontos em quatro etapas seguidas; na última, em Brasília, fui o quarto. É um forte incentivo para Campo Grande”, declarou Thiago ao analisar suas chances.
Comentando as características do circuito, o piloto de Curitiba afirma que, lá, a calma é essencial. “É diferente das outras pistas. Normalmente, tentamos frear um pouco mais tarde e acelerar um pouco antes a cada volta. Lá, como as curvas são de baixa velocidade, é preciso frear cedo para o carro manter o equilíbrio e permitir que se acelere rapidamente”.
Para o piloto da Petrobras/Action Power, a curva no fim da reta oposta é a mais exigente. “Chega-se em quinta marcha, a mais de 200 quilômetros por hora, e na entrada se reduz para quarta. Como ela vai fechando aos poucos, vai-se reduzindo até a primeira marcha, com muito cuidado para não desequilibrar o carro. O mistério é acertar a hora de voltar a acelerar e não exagerar, porque se der potência demais, as rodas traseiras perdem aderência e derrapam. E carro de corrida tem de andar para frente, não para o lado”, brinca Thiago.
Uma dificuldade extra é o vento, que costuma cobrir de poeira os 3.433 metros da pista. “É um problema a mais”, comenta o piloto paranaense. “O desgaste dos pneus é maior que o habitual e as equipes precisam pensar nisso na hora de acertar o carro. É por isso que gosto tanto de Campo Grande. Tomara que eu volte de lá gostando ainda mais”, encerra ele.