Matematicamente afastado da luta pelo bicampeonato, o paranaense David Muffato (Repsol) diz que vai priorizar o trabalho de equipe para ajudar o companheiro Raul Boesel nas últimas quatro etapas da temporada da Stock Car, a primeira delas neste domingo no Autódromo Internacional Nélson Piquet, no Rio de Janeiro. Quarto colocado na classificação geral, Boesel ainda tem chances de brigar pelo título, mas suas possibilidades mais concretas são pela disputa do vice com Cacá Bueno (Petrobrás) e Antonio Jorge Neto (Medley).
Atual campeão, Muffato quebrou uma longa hegemonia dos antigos donatários da Stock Car em 2003, quando acumulou quatro vitórias. A última delas, no entanto, está completando um ano e foi conquistada em setembro em Campo Grande (MS), onde Muffato já havia ganhado também na passagem anterior da categoria em abril. “Taí um aniversário que não quero comemorar. Muito pelo contrário: acho que posso recomeçar a mostrar o meu potencial, o que infelizmente ainda não foi possível nesta temporada”, arrisca.
No entanto, mais do que recuperar a antiga competitividade, Muffato quer contribuir no que puder para que Boesel se mantenha entre os líderes da classificação. “Vamos sentar com os engenheiros e discutir as alternativas de acerto, mas tomando como ponto de partida o warm up da corrida de maio em Jacarepaguá. Eu estava com o carro muito bom, mas minha prova foi comprometida pelo treino classificatório ruim e por um problema de pneus. Quero ver o Boesel andando lá na frente. Se o título está difícil para ele, o segundo lugar seria importantíssimo. Afinal, a Repsol teria um campeão e um vice em dois anos, numa série equilibradíssima como a Stock Car”, lembra.
Vivendo uma fase irregular, Muffato procura não deixar transparecer um otimismo exagerado para a corrida de domingo em Jacarepaguá, que será transmitida ao vivo pela TV Globo. Mas tem plena confiança de que o jejum de um ano longe do pódio pode estar com as horas contadas. “Nossos carros foram minuciosamente revisados depois da etapa de Londrina e acreditamos que já sabemos o que não vinha funcionando. Tenho certeza que tanto eu como o Boesel vamos andar forte desde os primeiros treinos no Rio de Janeiro.”