Se a meteorologia acertar na previsão do tempo para o fim de semana no Rio de Janeiro, uma velha queixa dos pilotos da Stock Car irá por água abaixo. Em caso de chuva, a categoria usará pela primeira vez os pneus especiais para pista molhada importados da Itália. “Esse pneus são muito bons e vão resolver o problema da falta de aderência dos nacionais. Pode parecer incrível, mas os pneus de seco são melhores que os de chuva que usamos atualmente”, garante Raul Boesel, da Equipe Repsol.
A chuva tem sido um problema sério nesta temporada da Stock Car. Em média tem chovido pelo menos um dos de três dias de atividade de pista, sempre na sexta-feira ou no sábado. Corridas com chuva não são realizadas desde 2000, coincidentemente a última delas realizada no Rio de Janeiro. “A borracha dos pneus nacionais é muito dura. E, por causa do desenho, o escoamento da água é ineficiente”, critica Boesel, quarto colocado no campeonato.
Apesar da alta possibilidade de chuva na capital fluminense a partir desta quinta-feira, Boesel torce para que os novos pneus continuem em repouso no fundo dos boxes. “Mesmo com pneus melhores, ninguém gosta de andar na chuva. Uma das dificuldades que estamos encontrando neste ano é que chove num dia, pára no outro, e não se consegue o acerto ideal. Nunca conseguimos testar tudo o que havíamos programado”, reclama.
Boesel espera reverter a maré desfavorável das duas últimas provas, quando foi envolvido em acidente em Curitiba e enfrentou uma perda considerável de potência no motor durante o treino classificatório em Londrina. “Vamos com um acerto completamente diferente para o Rio de Janeiro, porque o da corrida em maio não funcionou. Apesar da larga vantagem do Giuliano Losacco na liderança e da briga acirrada pelo segundo lugar, não vou mudar minha postura. Vou apenas procurar fazer o melhor, sem levar em conta meus adversários diretos. Para mim e para o (David) Muffato, a prova é importante também porque vamos correr na casa do nosso patrocinador, já que a sede da Repsol é no Rio de Janeiro.”