O sonho do piloto brasileiro Nicolas Costa de disputar uma etapa do Campeonato Mundial de Endurance no Brasil está prestes a ser realizado. O piloto da equipe United Autosports, que compete com um McLaren 720S GT3, esteve na McLaren São Paulo nesta quarta-feira (10 de julho) e conversou com jornalistas sobre suas expectativas para a 6 Horas de São Paulo, quinta etapa da temporada, que acontecerá domingo (14 de julho) no autódromo de Interlagos.
Nicolas lembrou que, na última passagem do Campeonato Mundial de Endurance pelo Brasil, em 2014, acompanhou a corrida do muro que divide o kartódromo de Interlagos do traçado do autódromo. “Eu não tinha sequer ingresso para a arquibancada. E agora, na volta da categoria ao Brasil, estarei na pista pilotando um carro de uma marca icônica como a McLaren. É uma sensação muito boa, uma realização muito grande”, conta. “Tem sido um ano de estreia muito positivo para a equipe, para a McLaren e para mim como piloto. Eu nunca havia competido nesse nível de campeonato mundial, contra os melhores pilotos do mundo, e estar podendo ‘bater de frente’ com eles é muito especial.”
Estreante na classe LM GT3, a United Autosports já consegue bons desempenhos com os dois McLaren 720S GT3. Nicolas corre no carro número 59 e forma trio com o inglês James Cottingham e o suíço Gregoire Saucy. No carro 59, estarão o japonês Marino Sato, o chileno Nicolas Pino e o inglês Josh Caygill. “O McLaren 720S GT3 é estreante na categoria, com um time de pilotos também estreantes, e não tivemos muito tempo para desenvolvimento. Tínhamos o objetivo de andar entre os dez primeiros colocados, o que é sempre difícil em um campeonato mundial, e conseguimos isso logo na primeira prova. Depois passamos a andar entre os cinco primeiros, e em Spa e Le Mans lideramos a prova. Tivemos problemas técnicos e estamos aprendendo com eles. Os resultados obtidos até aqui não mostram o verdadeiro desempenho do carro. Nas corridas de Spa e Le Mans, tínhamos total possibilidade de chegar ao pódio”, analisa o piloto brasileiro.
Nicolas enfatiza também a grande diferença entre os traçados de Le Mans, onde aconteceu a prova anterior, e de Interlagos. “Saímos da pista mais longa da temporada, com mais de 13 km de extensão, para a mais curta, com pouco mais de 4 km. Nosso carro é bom em curvas de alta, mas não está entre os mais velozes nas retas. Durante a corrida, o tráfego será maior e isso requer atenção”.
A lembrança dos tempos em que foi a Interlagos como fã, sem ter acesso aos boxes, faz Nicolas incentivar a presença do público na corrida para conhecer os atrativos do Mundial de Endurance: “Valorizo todos os que vão ao autódromo, sob sol ou sob chuva, para ver a corrida e pegar um autógrafo ou tirar uma foto. Quanto mais a gente deixa o público perto dos pilotos e equipes, mais o campeonato recebe em troca também. O público passa a seguir o Mundial de Endurance com mais vigor e se apaixona por aquilo”.
Além de Nicolas, participaram da entrevista coletiva o diretor de operações da UK Motors (importador oficial McLaren no Brasil), Rodrigo Soares, e a gerente de marketing da United Autosports, Scarlett Whittell. “A origem da McLaren é nas corridas e ela trouxe essa tradição para os carros de rua. A McLaren tem uma conexão muito forte com o Brasil, especialmente devido às vitórias e títulos do Ayrton Senna. E, para nossa felicidade, a marca tem um piloto brasileiro nesta primeira temporada no Campeonato Mundial de Endurance”, afirma Soares.
Durante a coletiva, os jornalistas puderam também apreciar a beleza do McLaren 750S 60th Anniversary, uma edição especial comemorativa dos 60 anos da marca e teve apenas 60 unidades produzidas – a da McLaren São Paulo é a única na América Latina. Pintado na cor Laranja Indy com faixas longitudinais pretas e brancas no capô dianteiro e na asa traseira, o 60th Anniversary faz alusão à conquista da “Tríplice Coroa” do automobilismo mundial pela McLaren com um logotipo no capô dianteiro. Na asa traseira, aparecem os anos das primeiras vitórias da marca nas três provas da “Tríplice Coroa”: 500 Milhas de Indianápolis (1974), GP de Mônaco de F1 (1984) e 24 Horas de Le Mans (1995).