Interlagos volta a receber a Copa Truck em 2022. O encontro do próximo domingo, 21 de agosto, vale pela sexta etapa da temporada. A largada para as duas corridas acontece às 13h35 com transmissão ao vivo por Band, canais SporTV e pelo YouTube oficial da categoria. Na primeira ocasião em que a Copa Truck correu em Interlagos, pela terceira etapa, as vitórias ficaram com Beto Monteiro e Wellington Cirino.
O circuito de 4.309 metros é o mais desafiador para os freios em toda a temporada, apresentando as maiores reduções de velocidade entre os autódromos que compõem o calendário deste campeonato. Após Interlagos, restarão dois encontros – três etapas – para a decisão do título: uma etapa dupla na pista de Tarumã, em Viamão (RS) nos dias 17 e 18 de setembro, e em Brasília (DF) em 6 de novembro, valendo pela nona e última etapa do ano.
Enquanto os caminhões mais rápidos do mundo não entram na pista do autódromo paulistano, o campeonato tem a liderança de Wellington Cirino, da ASG Motorsport (Mercedes-Benz), com 164 pontos, apenas seis pontos à frente do pernambucano Beto Monteiro, da R9 Competições (Volkswagen). Felipe Giaffone, da Usual Racing (Iveco), é o terceiro com 144, seguido por Paulo Salustiano (138) e Débora Rodrigues (127) fechando os cinco maiores pontuadores da temporada até o momento.
Das cinco etapas disputadas até agora, o líder Cirino foi o piloto que mais venceu corridas, com cinco vitórias. Ele venceu ao menos uma corrida de cada etapa desta temporada – Santa Cruz do Sul (RS), Interlagos, Goiânia e Londrina (PR). Paulo Salustiano, quarto colocado na tabela, venceu duas vezes – em Santa Cruz do Sul e Londrina -, enquanto Beto Monteiro, Roberval Andrade e Felipe Giaffone venceram uma corrida cada. Ainda assim, 37 pontos separam os cinco primeiros colocados, quando 40 pontos são colocados em jogo a cada etapa.
Em uma pista na qual as pastilhas de freio fornecidas à categoria pela Fras-le chegam a atingir quase 900ºC de temperatura sem prejuízos de durabilidade, segurança e desempenho, as desacelerações são as maiores da temporada, especialmente em dois pontos: a aproximação para o S do Senna, a primeira curva do traçado, que é feita a 190 km/h (isso depois da retomada após os pilotos passarem obrigatoriamente a 160 km/h no radar imposto pelo regulamento) e o piloto percorre 210 metros freando para contornar a primeira “perna” da curva a cerca de 60 km/h; o segundo ponto é a Curva do Lago, a quarta do circuito, na qual os pilotos acionam os freios a 200 km/h e reduzem a velocidade para 90 km/h em cinco segundos e 190 metros, apenas. Pontos que geralmente proporcionam boas oportunidades de ultrapassagem.
Mas o circuito também representa outros desafios, como no trecho chamado de “miolo”, e que compreende as curvas do Laranjinha, Pinheirinho, Bico de Pato, Mergulho e Junção. “São curvas de baixa velocidade e muito próximas entre si, o que representa um desafio importante para a refrigeração dos componentes dos freios”, aponta Roger Lusa dos Santos, engenheiro de aplicação da Fras-le, empresa que desde 2021 é a fornecedora oficial das pastilhas de freio da Copa Truck, abastecendo todas as equipes da categoria.
A programação prevê três treinos livres – dois na sexta-feira e um no sábado, dia em que também é realizada a classificação para definição do grid de largada, às 13 horas. No domingo, 21 de agosto, as largadas das duas provas acontecem às 13h35 e 14h10, com inversão dinâmica dos primeiros colocados do grid. As provas serão mostradas pela Band, pelo SporTV e também pelo canal oficial da Copa Truck no YouTube.
A Fras-le, maior fabricante de materiais de fricção da América Latina e um dos líderes mundiais, é a fornecedora oficial de pastilhas de freio para a Copa Truck, proporcionando eficiência e segurança nas frenagens dos caminhões mais rápidos do planeta.
“O S do Senna é uma freada muito forte, onde o piloto precisa colocar mais força no pedal e tomar cuidado ao mesmo tempo para não bloquear as rodas. Na Curva do Lago é parecido, mas chegando mais rápido já que não tem o radar, e a temperatura sobe bastante também. Isso, junto das curvas do miolo do circuito, exige um conjunto de freio muito equilibrado. A distribuição da dianteira para a traseira tem de ser bem homogênea. Com as pastilhas que temos hoje, que foi um salto de qualidade e performance muito grande, os freios não apresentam mais nenhum tipo de desajuste. No meu caminhão eu não uso água para o resfriamento, e desde a chegada da Fras-le, estes são os melhores freios que eu já tive em um caminhão de corrida”, diz Adalberto Jardim.
“Interlagos exige bastante do sistema de freios. É uma pista onde as velocidades são bem altas e o traçado é um dos mais severos da temporada. Sem sombra de dúvidas, a freada fortíssima da primeira curva vai exigir bastante atenção dos pilotos e o controle da temperatura usando tanto a refrigeração a água como a ventilação a ar serão essenciais para preservar mais o sistema como um todo. Em alguns trechos, a sequência de curvas traz pouca ventilação para os freios, então é um desafio enorme tanto para os pilotos como para nós da Fras-le garantir a máxima performance e durabilidade nessas condições extremas”, Roger Lusa dos Santos, Engenheiro de Aplicação da Fras-le.
