Copa Truck: após temporada marcada por altos e baixos, Cibien mira 2026 “ainda mais competitivo”

O encerramento da temporada 2025 da Copa Truck no Autódromo de Interlagos no último domingo (9), marcou também a conclusão do primeiro ano completo de Hugo Cibien na categoria. Apesar de não ter participado da largada em duas das nove etapas, o capixaba terminou o campeonato com cinco pódios e uma vitória histórica: o triunfo na primeira prova noturna já disputada pela categoria, realizada em junho, em Cascavel (PR).

De olho em 2026, Cibien afirma que o trabalho já recomeçou. “Ano que vem teremos um caminhão mais leve, e portanto mais rápido, e com atualizações eletrônicas que nos permitirão não sofrer tanto com problemas característicos da categoria, como o de excesso de emissões, que nos prejudicou nesse fim de semana. O trabalho de 2025 acabou ontem na pista, e o de 2026 já começa daqui a pouco na oficina e no escritório, pois estamos correndo atrás de um budget cheio, inclusive com projetos de patrocínio incentivados”, disse.

O último compromisso da temporada sintetizou bem os desafios enfrentados pelo piloto ao longo do ano. Cibien praticamente não conseguiu aproveitar os treinos livres devido a uma sequência de falhas mecânicas: quebra de amortecedor, problemas no alternador e, principalmente, no módulo responsável pelo controle das emissões. A falha acabou resultando na exclusão do classificatório de sábado.

Copa Truck: após temporada marcada por altos e baixos, Cibien mira 2026 “ainda mais competitivo”
Foto: Vanderley Soares

Mesmo largando apenas da 15ª posição na primeira corrida de domingo, o piloto reagiu e cruzou a linha de chegada em sétimo. “No domingo, no warm up, a gente não conseguiu resolver o problema de emissões, então fomos muito conservadores e tiramos mais diesel que o necessário. O caminhão perdeu potência, e em Interlagos, com subidas, o motor é muito importante. Era impossível ganhar posições nos tradicionais pontos de ultrapassagem, no fim das retas, e mesmo assim conseguimos passar adversários nos trechos de miolo”, relatou. Segundo ele, o resultado o colocaria em segundo no grid da corrida seguinte.

Cibien ainda assumiu a liderança na volta inicial da segunda prova, mas um acidente mudou completamente o cenário. O caminhão de Raphael Abbate retornou à pista deixando óleo, que atingiu o para-brisa do capixaba. “Eu enxergava o asfalto, mas não conseguia enxergar a zona de radar. Então na primeira volta nesta situação passei um pouco lento demais no radar, e na segunda passei rápido demais e levei um drive through. Cumpri a passagem pelo box, voltei em 14º, e ainda veio uma longa entrada do caminhão de segurança, que saiu somente para a volta final, quando eu consegui fazer seis ultrapassagens e acabar em 8º.”

Para ele, a etapa final espelhou a própria temporada: competitividade sempre que as questões mecânicas e eletrônicas não interferiam. “Foi um pouco o resumo do que foi o nosso ano, competitivo enquanto estava na pista, driblando os percalços e fazendo o melhor possível. O mais importante é que, se em 2025 já fomos muito competitivos quando não deu nenhum problema mecânico ou eletrônico, ano que vem realmente a projeção é brigar na parte de cima da tabela”, concluiu.



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