A Fórmula Truck terá no próximo domingo, em Brasília, uma das brigas mais acirradas de toda sua história pelo título da temporada. Quatro pilotos de quatro marcas diferentes podem sair do Distrito Federal como campeão: Wellington Cirino (Mercedes), Beto Monteiro (Ford), Roberval Andrade (Scania) e Jonatas “Neno” Borlenghi (Volkswagen).
Para conquistar o campeonato, uma das armas das equipes será focar toda a atenção do time em um piloto. Este é o caso da RM/Volkswagen, em que, curiosamente, quem recebe prioridade é Renato Martins. Em Brasília, no entanto, o campeão da Fórmula Truck de 1996 deixa de ocupar este tratamento especial.
“É claro que gostaria muito de estar brigando pelo título, mas tive problemas mecânicos em algumas etapas desta temporada, como em São Paulo e em Campo Grande, e acabei de fora da luta. Mas o importante é que a RM/Volkswagen está na luta e com o Neno, que na minha opinião é um dos maiores destaques desta temporada. Farei tudo o que tiver ao meu alcance para ajudá-lo nesta corrida”, conta Martins.
Débora Rodrigues, também piloto da equipe, resume com uma brincadeira a concentração de atenção a Borlenghi neste final de semana. “Em Brasília, o Neno vai ter mais mordomia que o Schumacher na Ferrari”, ironiza a musa da categoria.
A ajuda para o jovem piloto, de apenas 26 anos, será mais do que bem-vinda: afinal, Martins é o atual recordista de vitórias da Fórmula Truck. Foi ele também quem venceu na última vez que a categoria dos caminhões esteve em Brasília, no ano passado.
Por isso, a equipe está otimista para a corrida. Além de ter vencido a prova de Brasília, disputada no anel externo do autódromo, o bom desempenho do caminhão nas últimas provas, em Londrina, Cascavel e Tarumã, faz com que Borlenghi acredite que tem boas chances de sair de Brasília com o título.
“Vou me concentrar em vencer a corrida. Dependo do resultado do Cirino e do Monteiro, é verdade, mas o automobilismo já me ensinou que, numa disputa entre quatro pilotos na última corrida, tudo é possível”, comenta Borlenghi, que tem 100 pontos, contra 120 de Cirino, 117 de Monteiro e 102 de Andrade. Por prova, 28 pontos estão em jogo.
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