O F1Mania está presente no Autódromo de Interlagos, palco da quarta etapa do TCR South America, e foi ao box da Squadra Martino conversar com o líder do campeonato Ignácio “Nacho” Montenegro. Argentino de apenas 18 anos, o piloto do Honda Civic Type R #23 “chegou chegando” no TCR South America, cravando três vitórias em cinco corridas disputadas. Naturalmente, todos os olhos se voltaram para ele questionando “o que mais esse garoto consegue fazer?”.
Mas, além de jovem talento, quem realmente é Nacho Montenegro? F1Mania resolveu olhar para além do piloto e entender o garoto por trás do capacete.
Aos 7 anos de idade, em 2012, o pequeno Nacho começou a andar de kart e logo tomou gosto pela velocidade. “Todos, qualquer carro de corrida me encantava”, contou o argentino. “Fórmula 1, claro, é o sonho de toda criança, mas eu também gostava de GT3, Le Mans, tudo que era do automobilismo eu gostava”.
Em 2020, já com 15 anos, Nacho partiu para a Europa, onde disputaria a F4 Espanhola pela MP Motorsport. Quando perguntado se gostou da experiência, o argentino disse que sim, mas que atualmente prefere o Turismo.”Eu competi em um carro de fórmula no máximo em quatro corridas, o Turismo é onde me encontro mais agora”.
O momento de sua carreira é, de fato, voltado ao turismo. Montenegro é um dos principais nomes tanto na TC2000, quanto na Super TC2000, campeonatos de grande relevância na Argentina, além da TCR South America. O piloto de 18 anos tem oportunidade agora de conhecer famosas pistas, como Interlagos, Velocitta, Termas de Río Honda, Oscar Cabalén, entre outras, bem como ganhar experiência.
Se Nacho tiver um caderninho de “pistas em que quero correr”, certamente Interlagos está lá e neste fim de semana poderá dar um “check” de missão cumprida. “Me impactou muito o circuito. Ele é muito conhecido e sonhado por qualquer piloto sul-americano”, disse o piloto.
Apaixonado por carros, velocidade e pistas icônicas, ao falar de Nacho Montenegro, devemos, portanto, atribuir-lhe a qualidade de fã do esporte a motor, ou, como dizemos no autódromo, cabeça de gasolina.
E não para por aí. Na noite desta sexta-feira, a NBA realiza o quarto jogo de sua final, entre Denver Nuggets e Miami Heats. Por motivos nada clubistas e sim por uma questão de logística interna de lavagem de roupas, a repórter que escreve esta matéria usava uma blusa do Denver hoje no autódromo. Quando o jovem Nacho me viu no box da Squadra Martino, me cumprimentou, apontou para a blusa e disse: “Vai ganhar hoje”.
O chubutense é fã de basquete e, nas horas vagas, acompanha a NBA. “Eu não pratico, mas gosto muito de assistir”. E como um bom argentino, “claro, gosto um pouco também de ver futebol”, confessou Montenegro.
Neste momento da conversa, próximo de acabar a entrevista, desencadeamos o que nós jornalistas chamamos de “ping-pong”, uma espécie de perguntas e respostas mais rápidas.
F1Mania.net: Por que você começou um canal no YouTube?
Montenegro: Eu comecei um canal no YouTube recentemente. As pessoas, o público, os fãs não tem muito acesso à vida privada dos pilotos e sabemos que o automobilismo é um esporte caro, certo? Não é todo mundo que pode o praticar e isso é uma pena. O canal é uma maneira de entrar, entender mais a vida do piloto.
F1Mania.net: Qual seu top-5 artistas favoritos no Spotify?
Montenegro: Wos, Peso Pluma, Lil Baby, Travis Scott e Lady.
F1Mania.net: Quais são cinco comidas que você mais gosta?
Montenegro: Massa caseira de meu pai, pizza, hambúrguer, claro, gosto muito de vegetais e frutas.
F1Mania.net: Prefere chegar 20 minutos antes ou 10 minutos atrasado?
Montenegro: [Resposta na lata] 20 minutos antes.
F1Mania.net: Nacho Montenegro, quem é e quer quer se tornar?
Montenegro: Nacho Montenegro é um jovem de 18 anos que quer chegar ao mais alto patamar da TCR.
Conhecer bem alguém em apenas 10 minutos é uma tarefa quase impossível, porém podemos criar uma certa noção. Alto, magricelo, risonho, estiloso de moletom preto over-sized e óculos diferentão, Nacho Montenegro é um simples garoto de 18 anos. Assim como todo jovem desta idade deveria, ele sonha alto. Fora das pistas, um fã de massa caseira, NBA e rap argentino. Por trás do capacete, uma estrela que tem potencial de brilhar muito no mundo do TCR.
