Os comissários técnicos da CBA desistiram da desclassificação que haviam aplicado a Alan Hellmeister em Campo Grande. Na vistoria realizada depois da prova, o carro do vencedor foi considerado irregular em função do posicionamento do amortecedor dianteiro. Apesar de a decisão ter sido referendada na quarta-feira da semana passada em reunião do Conselho Técnico Desportivo Nacional (CTDN) em São Paulo, Hellmeister só foi informado da punição, por telefone, dois dias depois.
De acordo com a legislação vigente, Hellmeister teria três dias úteis para apresentar recurso depois de oficialmente comunicado da desclassificação. Mas nem foi preciso. Embora não tenha comparecido à Federação de Automobilismo de São Paulo para assinar o parecer emitido pelos comissários técnicos, Hellmeister contou com a rápida intervenção do chefe de equipe Luís “Dragão’” Trinci. Enquanto a CBA não se manifestava, ele entrou em contato com a Tatuus, fabricante dos monopostos da Fórmula Renault, e obteve documento atestando que, além de não influir no desempenho, a posição do amortecedor não contrariava o manual de montagem do carro fornecido pela empresa italiana.
No início desta semana, os comissários da CBA aceitaram a argumentação da equipe, voltaram atrás e devolveram a vitória que Hellmeister conquistou na pista. Com isso, ele recupera os 30 pontos pelo primeiro lugar e mais o ponto extra pela melhor volta da corrida. Hellmeister também havia largado na pole, num fim de semana que marcou sua primeira vitória no automobilismo – agora definitivamente confirmada.