O ministro das relações exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, revelou que pode pedir o cancelamento do Rally Dakar, mais importante prova fora de estrada do planeta, após um incidente ocorrido antes do início da atual edição. No último dia 30 de novembro, um carro com seis ocupantes explodiu próximo a um hotel, em Jedá, com o piloto, Phillippe Boutron, sofrendo ferimentos graves na perna.
Na ocasião, o piloto foi internado em um hospital próximo ao local da explosão, sendo transferido para a França, onde chegou a entrar em estado de coma induzido. Boutron já está consciente e segue em recuperação. Autoridades sauditas e membros do ASO, organizador do Dakar, investigam se a explosão foi um ato terrorista. Le Drian pediu transparência do governo saudita na investigação.
“Pode ser (um ataque terrorista). Tomamos conhecimento disso muito rapidamente e dissemos aos organizadores e autoridades sauditas que tínhamos que ser muito transparentes sobre o que tinha acontecido porque havia hipóteses de que poderia ser um ato terrorista”, disse a autoridade francesa, em entrevista à emissora de TV BFM.
Le Drian ainda frisa que a Arábia Saudita já sofreu com ataques terroristas e que os organizadores deveriam ter muito cuidado durante a realização do rali. David Castera, diretor do Dakar, declarou para a France TV que o ASO aumentou a segurança da caravana que acompanha a prova após o incidente ocorrido no final de 2021.
“Implementamos muitas medidas de segurança adicionais em coordenação com as autoridades sauditas. É algo que pode ser visto nos parques de apoio, nas largadas e chegadas das especiais. Tudo isso foi feito para manter um nível ótimo de segurança”, disse Castera.
