A Dunas Race divulgou o roteiro completo da 12a edição do Rally Internacional dos Sertões, que terá 4.034 quilômetros no total, com 1.643 cronometrados, entre Goiânia e Fortaleza, de 1 a 10 de julho de 2004. Em nove dias de competições serão disputadas 12 “etapas especiais” (cronometradas). A mais longa terá 330 quilômetros com todo tipo de terreno e dificuldades entre Araguaína (TO) e Imperatriz (MA) no dia 6 de julho. A mais curta acontecerá justamente no último dia de prova, entre Ubajara e Fortaleza, com 32 quilômetros.
Veja as principais características de cada etapa:
01/07 – Goiânia (GO)
12h – Prólogo ao lado do Shopping Flamboyant
19h – Largada Promocional ao lado do Flamboyant Shopping Center
Avenida Jamel Cecílio, 3300
Nascer do sol: 6h46
Pôr-do-sol: 17h55
02/07 – Goiânia (GO) – Aruanã (GO)
Total do dia: 396 km
Deslocamento inicial: 161 km
Etapa Especial: 157 km
Deslocamento final: 77 km
Nascer do sol: 6h46 (Goiânia)
Pôr-do-sol: 18h06 (Aruanã)
Principais características: Os primeiros 50 quilômetros serão bastante “travados”, sinuosos, e exigirão bom nível técnico dos competidores. Depois a pista será de alta velocidade, mas a poeira densa deve ser um dos piores desafios. A estrada é cercada por floresta, com árvores altas, impedindo que o vento espalhe o pó. O navegador que não estiver atento terá problemas para encontrar o caminho correto e o GPS será apenas um “referencial” porque o que contará mesmo é a planilha.
O primeiro dia do Rally dos Sertões homenageia a poetisa Cora Coralina, que nasceu em Goiás Velho, hoje chamada Cidade de Goiás. A prova passará pela cidade, que é muito bonita e lembra bastante a famosa Parati, no estado do Rio de Janeiro.
A manutenção dos veículos na primeira noite do rali, quando a caravana da competição faz uma pausa em Aruanã, será de extrema importância. O dia seguinte, entre Aruanã e Porangatu, será “maratona”, quando os pilotos não poderão contar com a ajuda dos mecânicos e equipes de apoio e terão que fazer a manutenção dos veículos.
03/07 – Aruanã (GO) – Porangatu (GO)
Etapa Maratona
Total do dia: 419 km
Deslocamento inicial: 7 km
Etapa Especial: 190 km
Deslocamento final: 222 km
Nascer do sol: 6h50 (Aruanã)
Pôr-do-sol: 18h01 (Porangatu)
Principais características: Os primeiros 110 quilômetros do segundo dia de competições do Rally dos Sertões 2004 serão bem rápidos e passarão pelas margens do Rio Araguaia. Mas os obstáculos podem tornar o trecho perigoso, principalmente quando o assunto é velocidade. A navegação, como no dia anterior, será importante. As referências aparecem muito próximas e qualquer distração poderá significar muito tempo perdido.
A etapa cronometrada vai atravessar riachos e as erosões devem predominar. Os competidores precisam prestar muita atenção com as lombadas e depressões na pista. Boa parte da estrada, bastante sinuosa, tem barrancos e quem perder o controle terá que se esforçar para não rolar buraco abaixo. O primeiro e o segundo dias têm especiais inéditas na história do Sertões.
Na cidade os pilotos terão trabalho dobrado enquanto os mecânicos tiram a noite de folga e seguem direto para Palmas. O trecho Aruanã-Porangatu é “maratona” e os próprios pilotos devem fazer a manutenção dos carros, motos e caminhões.
04/07 – Porangatu (GO) – Palmas (TO)
Total do dia: 513 km
Deslocamento inicial: 120 km
Etapa Especial 1: 109 km
Deslocamento: 78 km
Etapa Especial 2: 89 km
Deslocamento final: 116 km
Nascer do sol: 6h40 (Porangatu)
Pôr-do-sol: 18h04 (Palmas)
Principais características:
Etapa 1: Predomina o cascalho, a navegação é importante e existem algumas situações de serra. Bastante sinuosa, erosões e obstáculos naturais que podem comprometer a suspensão. Nos 15 quilômetros finais predomina a piçarra, além curvas de nível, lombas e mata-burros longitudinais serão o desafio.
Especial 2: Predomina o cascalho, mas é mais larga que a primeira, facilitando a ultrapassagem. Referências são mais distantes, tornando a navegação mais simples. Haverá uma zona de radar. O trecho é bem técnico: pedras soltas, poeira, erosão, pontes, depressões, lombas, curvas fechadas. Os últimos três quilômetros parecem um “estradão” bem largo para alta velocidade.
05/07 – Palmas (TO) – Araguaína (TO)
Total do dia: 509 km
Deslocamento: 284 km
Etapa Especial: 200 km
Deslocamento final: 26 km
Nascer do sol: 6h31 (Palmas)
Pôr-do-sol: 18h09 (Araguaína)
Principais características: Os primeiros 100 quilômetros terão muita areia e travessia de riachos. Depois vem um trecho que exige muita navegação, onde será muito importante saber usar corretamente o GPS. Neste trecho serão colocados três postos de controle onde os participantes terão que carimbar o cartão. O final da etapa especial contará com estradas cheias de bifurcações, além de lombadas e depressões na pista.
06/07 – Araguaína (TO) – Imperatriz (MA)
Total do dia: 507 km
Deslocamento: 113 km
Etapa Especial: 330 km
Deslocamento final: 67 km
Nascer do sol: 6h25 (Araguaína)
Pôr-do-sol: 18h09 (Imperatriz)
Principais características: O quinto dia de etapas especiais promete ficar para a história. E com certeza muitos competidores não vão se esquecer dele. O trecho entre Araguaína, no Tocantins, e Imperatriz, no Maranhão, terá 507 quilômetros no total, com uma etapa cronometrada de 330 quilômetros, a maior da edição deste ano.
“O Edu Sachs, que é responsável pela elaboração da planilha, disse que é a etapa especial mais difícil que ele já fez em toda a história do Rally dos Sertões. Ele demorou 12 horas para completar o percurso. Já um piloto de ponta deverá fazer em oito horas ou menos”, disse Marcos Ermírio de Moraes, presidente da Dunas Race, empresa organizadora da prova.
O trecho é bem completo e os participantes da prova terão que mostrar muita técnica para superar todo tipo de terreno. “Quase 100% da etapa tem areia e longos trechos de trial. Será um trecho cronometrado bem duro”, garantiu Marcos Ermírio. Haverá abastecimento para as motos e a organização estuda instalar cinco radares no trecho. A especial para os caminhões vai terminar depois de 280 quilômetros, já que a parte final do trecho é muito “travado” para este tipo de veículo.
07/07 – Imperatriz (MA) – Bacabal (MA)
Total do dia: 514 km
Deslocamento: 74 km
Etapa Especial 1: 134 km
Deslocamento: 106 km
Etapa Especial 2: 86 km
Deslocamento final: 113 km
Nascer do sol: 6h20 (Imperatriz)
Pôr-do-sol: 18h09 (Bacabal)
Principais características:
Especial 1: Trecho bem travado, com muita erosão, areia e travessia de riacho. No final a etapa começa a ficar mais rápida, com estradas de média velocidade.
Especial 2: Os primeiros 20 quilômetros serão disputados em um “estradão” largo e muito rápido. Depois o trecho começa a ficar fechado e tem semelhança com a estrada Transamazônica, com bastante erosão.
08/07 – Bacabal (MA) – Barreirinhas (MA)
Total do dia: 414 km
Deslocamento: 104 km
Etapa Especial 1: 69 km
Deslocamento: 78 km
Etapa Especial 2: 144 km
Deslocamento: 17 km
Nascer do sol: 6h07 (Bacabal)
Pôr-do-sol: 17h55 (Barreirinhas)
Principais características:
Especial 1: Etapa praticamente em linha, com estrada abandonada, misturando trechos onde já até existiu asfalto, mas hoje é de terra. Os competidores passarão por muitas pontes de madeiras, algumas velhas, tornando a competição lenta. Erosões e depressões predominarão no dia.
Especial 2:
Os 10 primeiros quilômetros dão a impressão que se está em uma estrada larga. Depois aparecem trechos de trial, as erosões e travessias de riacho. Em seguida voltam os trechos de areia. Nos 80 quilômetros finais vão predominar as depressões e as “poças secas”.
09/07 – Barreirinhas (MA) – Ubajara (CE)
Total do dia: 396 km
Deslocamento: 1km
Etapa Especial: 103 km
Deslocamento final: 291 km
Nascer do sol: 5h57 (Barreirinhas)
Pôr-do-sol: 17h46 (Ubajara)
Uma etapa especial onde vão predominar poças d´água, riachos e a areia. Praticamente todo o trecho terá que ser feito através dos waypoints do GPS. A largada do trecho cronometrado será perto dos famosos Lençóis Maranhenses e a chegada será às margens do Delta do Parnaíba.
10/07 – Ubajara (CE) – Fortaleza (CE)
Total do dia: 366 km
Deslocamento inicial: 20 km
Etapa Especial: 32 km
Deslocamento final: 313 km
Nascer do sol: 5h51 (Ubajara)
Pôr-do-sol: 17h37 (Fortaleza)
Principais características: A última etapa especial do Rally dos Sertões 2004 promete surpreender muita gente, já que é muito técnica. A navegação será essencial, pois o trecho parece um labirinto, provocando a sensação de que se passou pelo mesmo lugar várias vezes. Quem se perder enfrentará muitas dificuldades para voltar à rota normal. A organização vai instalar um posto de controle com carimbo dentro do trecho para evitar que os competidores cortem caminho.
A rampa de chegada estará montada na Praia de Cumbuco, localizada a 25 quilômetros do centro de Fortaleza.
Total da prova: 4.034 km
Etapas Especiais: 1.643 km
41% do roteiro são cronometrados
* Fonte de informações de nascer do sol e pôr-do-sol: Observatório Nacional
Mais informações no site oficial www.dunas.com.br ou pelo telefone (11) 4191-0133.
O Rally Internacional dos Sertões é organizado e promovido pela Dunas Race e tem patrocínio da Ipiranga, Banco Real e Genéricos Teuto; co-patrocínio de Volkswagen Caminhões e BF Goodrich. A supervisão é da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) e CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo).