Nem tudo saiu como planejou a equipe de Juiz de Fora, MG, Pedro Gouveia/Jorge Arantes, durante o Rally do Petróleo. A prova abriu a 4a temporada da Copa Baja, válida também pela 2a etapa do Campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country. A disputa aconteceu nos dias 8 e 9 de maio, na cidade carioca de Campos de Goytacazes.
Durante o prólogo, que definiu a ordem de largada, a dupla fez o 21o tempo. A tomada de tempo aconteceu em um circuito fechado de 2,6 quilômetros, no qual os participantes partiam de dois em duas pistas paralelas. No decorrer do trajeto, os caminhos se cruzavam e tornavam-se um só. No percurso teve barro, e uma mesa que proporcionou belos saltos.
A dupla só não contava com a quebra de sua Mitsubishi L200 RS logo na largada oficial do rali. Quando o cronômetro de contagem regressiva apontou três segundos para a partida, Gouveia engatou a primeira marcha e o pior aconteceu, “a caixa de transferência do carro quebrou. O aço partiu ao meio”, contou o piloto. O carro foi encaminhado para a equipe de apoio, que trabalhou para deixar o veículo em perfeitas condições para disputar o segundo dia de prova.
No último dia de rali, a missão Gouveia/Arantes era chegar entre os 15o primeiros para obter a pontuação mínima e, ter chances de brigar pelo título da categoria Production nas próximas fases do campeonato.
A 2a etapa foi divida em duas especiais – 23 e 110 quilômetros respectivamente – que percorreram a região do Farol de São Tomé. Das 37 equipes que largaram para a primeira etapa, apenas 30 partiram para o este desafio. A primeira parte da prova foi bastante rápida e teve muitas curvas. Em meio a plantações de cana-de-açúcar, Gouveia chegou a atingir uma velocidade de 160 km/h. “Era só acelerar. Sabemos que não vamos chegar entre os primeiros, mas agora apenas a pontuação nos interessa”, afirmou Arantes.
A 2a especial decidiu o rali. O percurso começou rápido em piso batido. A dupla chegou a tombar. “O carro calçou na areia e devagarzinho capotou de lado”, relatou Gouveia. Mas depois a planilha entrou em charcos bastante alagados, no qual as equipes andaram por dois ou três quilômetros cobertos de água. Diversos carros ficaram atolados neste trecho. Mas tal foi a obstinação de Gouveia e Arantes, que eles em momento algum ficaram “agarrados”. Mesmo com tantos imprevistos, a determinação da dupla rendeu a eles o 19o lugar da Geral, e o 8o da Production, com o tempo total de 5h 34m 33s.
Entre os primeiros, a briga foi acirrada. Durante todo o rali, segundo separavam uma dupla da outra. No final, deu Mauricio Neves/Clécio Maestrelli com o tempo de 2h 46m 28s.
A equipe Rally Minas é patrocinada pela empresa Brametal, e conta com o apoio de Soprano, Racewear e concessionária Volkswagen Sudeste.