O Município de Araucária, região metropolitana de Curitiba, PR, foi palco da primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Rali de Velocidade no último sábado (27/3). Ao todo, 38 carros participaram da prova, divididos em quatro categorias: N4, A6, N2 e N1, além da Copa Peugeot 206, destinada aos usuários do carro francês que participam da categoria A6. Foram realizadas sete Especiais (trechos cronometrados), num total de 128 km/h de percurso.
A rodada também foi o palco da estréia da equipe Pameirinha Rally, até o ano passado chamada de Palmeirinha Off-Road, e do piloto Paulo Nobre na categoria N2 a bordo de um Peugeot 206. Segundo Nobre, que disputou o rali ao lado da navegadora Patrícia Romanati, o carro adaptado para a N2 ficou um pouco mais fraco que o da A6 e que a mudança de pneus, do Goodyer para o Yokohama foi grande. “ Experimentei um outro tipo de rali utilizando os pneus Yokohama, próprios para competição. A diferença de usar um pneu próprio de rali e um pneu de rua é gritante. Os pontos de freada, a largada e a velocidade nas curvas são alteradas”, concluiu o competidor. Ele e Romanatti devem continuar a dupla para o resto da temporada. “Com a Paty, embora tenha sido a primeira vez que andamos juntos, houve um grande entrozamento. Senti confiança nas informações que ela me passou e fiquei à vontade para acelerar. Eu me lembrei muito do Lelo, que foi meu navegador até o ano passado, e senti muito o fato dele não poder estar comigo neste ano para ver a minha evolução. Eu agradeço tudo o que ele me ensinou, porque além de um grande amigo o Lelo é para mim um professor no rali de velocidade”, disse Nobre, se referindo ao seu ex-navegador, Marco Aurélio de Carvalho, que se afastou das competições por motivos particulares.
Durante as três primeiras Especiais, a dupla formada por Nobre e pela navegadora Patricia Romanatti liderou a prova com 1min15s de vantagem sobre os demais concorrentes, entretanto, ao fim da SS3 o carro começou a perder rendimento e apagou completamente quando chegou no parque de apoio. “O carro não pegou e acabamos tomando uma punição de 40s porque saímos atrasados do parque fechado”, explicou Nobre. Além disso, no final da SS4 o pneu dianteiro direito furou e na Especial 5 o carro perdeu uma das válvulas e a competitividade. “O carro não passava de 90 km/h na reta e na descida de 110 km/h”, explicou. Dessa forma a dupla, que começou na frente, não pôde completar a etapa. “Estou sentindo o gosto amargo da decepção porque estava andando na frente. Por outro lado, senti o gostinho de ser competitivo, porque estou completamente seguro de que posso brigar pelo título”, afirmou Nobre. “ Competi contra dois carros oficiais da Volksvagen e um da Fiat e, mesmo sendo de uma equipe privada, vi que o Peugeot é muito competitivo e me dá condições de andar na frente dos carros de fábrica”, finalizou.
A próxima etapa da temporada será no dia 23 de maio em Erechim/RS.