Paris-Dakar: Irmãos Azevedo têm resultados diferentes

Depois de terminar a etapa desta quinta-feira do Rally Paris-Dakar na terceira posição da categoria caminhões, André Azevedo, da equipe Petrobras Lubrax, assumiu o segundo lugar na classificação geral. O trecho entre Atar e Tidjikja, na Mauritânia, teve 355 quilômetros cronometrados. “Passamos por todo tipo de terreno: terra, areia, pedras e dunas. Mas as pedras castigaram mais”, resumiu.

Se André vai bem, o irmão dele, Jean, vai mal na categoria motos. Ele tem bom equipamento e técnica suficientes para estar entre os primeiros, mas fortes dores no ombro estão impedindo-o de conquistar boas posições neste ano. Ele sofreu um acidente no Rally dos Sertões em 2003 e precisou fazer cirurgia para colocar dois pinos no úmero.

A situação está incomodando e estressando Jean, que todos os dias vê pilotos menos experientes terminarem as etapas à sua frente. “Hoje fiquei tão nervoso que resolvi acelerar mais e acabei levando um tombo bobo. Estou andando a um quilômetro por hora. É horrível essa situação. Não tenho forças para segurar a moto”, lamentou o piloto, 21º colocado na etapa entre Atar e Tidjikja, na Mauritânia, e 11º na classificação geral acumulada.

Quando termina a prova, Jean mal consegue movimentar um dos braços. Na chegada ao acampamento nesta quinta-feira, por exemplo, ele não podia levantar o braço direito para pingar colírio para “lavar” os olhos devido à poeira. “Estou correndo para terminar a prova e chegar bem a Dakar. Este é o meu objetivo”, contou.

Jean Azevedo já está pensando no Dakar 2005. “Neste ano vou trabalhar para ter uma melhor recuperação e voltar com força total no ano que vem”, adiantou o paulista de 29 anos de São José dos Campos.

Carros

Mais uma vez Klever Kolberg e Lourival Roldan, de Mitsubishi Pajero Full, fizeram uma boa etapa, terminando em 13º na geral. Com o resultado, a dupla brasileira subiu duas posições nos resultados acumulados e agora está em décimo. “Hoje a idéia era andar poupando o carro e tivemos um pneu furado. Enfrentamos problemas também com o ‘enchedor’ de pneus, que quebrou no meio da etapa em três rodas. Sem eles era impossível controlar a pressão para passar pelas dunas”, contou Kolberg.

Kolberg e Roldan, como não podem contar com a assistência das equipes de apoio, não terão como consertar os acessórios de controle de pressão dos pneus. “Vamos ter que largar com uma pressão média que seja boa para todo tipo de terreno”, disse.

Klever definiu a etapa como “duríssima”. “Mas o pior ainda está por vir. Nesta sexta-feira será realizada a especial (trecho cronometrado) mais dura da edição 2004, com 736 quilômetros entre Tidjikja e Nema. Realmente a Mauritânia não é um bom lugar para se tirar férias”, resumiu Kolberg.

Vencedores

Nas motos o vencedor foi o espanhol Joan Roma, que assumiu a liderança da competição. Nos carros, o francês Stephane Peterhansel fez o melhor tempo e também está no topo da lista em quatro rodas. O russo Vladimir Tchaguine está conseguindo manter a liderança entre os caminhões.

Mais informações no site www.parisdakar.com.br

A Equipe Petrobras Lubrax tem patrocínio da Petrobras, Petrobras Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e apoio da Minoica Global Logistics, Banco DaimlerChrysler, Controlsat Monitoramento Via Satélite, Eurofarma, Planac Informática, Mitsubishi Koala, Mercedes-Benz Caminhões, Nera Telecomunicações, Telenor Satellite Services AS, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Artfix, Adventure Gears, ZF do Brasil, Behr, Sadia e Dakar Promoções.



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