Cobertura do Rali Paris-Dakar atinge 160 países

O Rali Paris-Dacar entra no deserto proporcionando ainda mais dificuldades para seus competidores. O que aumenta com isso é o público que assisti à prova em todo o mundo. Os números que marcam o evento são tão grandes quanto ele.

Com grande repercussão na mídia, neste ano são 75 canais de 160 países transmitindo as imagens da corrida. Só na Europa são quase quatro horas de programação diária, sem contar o Japão, a China, os Estados Unidos, Portugal, Espanha, Holanda, Austrália, Rússia, Chile, Kwait e o Brasil.

Aqui no país, a Rede Globo está acompanhando os brasileiros André Azevedo, Jean Azevedo, Klever Kolberg e Lourival Roldan, transmitindo notícias para os principais telejornais da emissora. A Sportv, da Globosat, também exibe diariamente um programa especial de 30 minutos com as melhores imagens do dia dentro da faixa Grid Motor.

No rali tudo é produzido e gerado via satélite direto do deserto com a infra-estrutura da organização. A edição é feita dentro de um avião Hércules equipado com 18 ilhas, onde os jornalistas escolhem as melhores imagens que vão ao ar. Ao todo cinco aeronaves levam 30 toneladas de equipamentos, incluindo câmeras, antenas para transmissão via satélite e centenas de cabos e fios.

As imagens são produzidas por quatro helicópteros, que usam câmeras robotizadas que não balançam por nada. Eles acompanham os pilotos de carros, motos e caminhões a poucos metros do chão e dificilmente perdem algum lance. Além das máquinas voadoras, há ainda 40 cinegrafistas espalhados pelo trajeto, viajando em vários carros 4×4. Um outro grupo fica nos acampamentos montados nos aeroportos à espera dos pilotos. Esse batalhão usará até o dia 18 de janeiro, final da competição, 1.500 fitas de 30 minutos cada.

Para colocar toda essa estrutura de pé são necessárias 150 pessoas, dois meses de trabalho cuidando de cada detalhe e pouco mais de quatro milhões de euros (cerca de 12 milhões de reais).

Mas nem sempre foi assim. Até 1985 não existia uma grande infra-estrutura como a de hoje. “Antes tínhamos que viajar até a cidade mais próxima com emissora de televisão e gerar via satélite usando os equipamentos deles. O nosso editor fazia o trabalho de escolher as melhores imagens dentro do avião durante a viagem”, contou o francês Yann Le Moenner, diretor do departamento de mídia da ASO (Amaury Sport Organisation), empresa organizadora do Rali Paris-Dacar.

Amigos da Velocidade



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