Rally dos Sertões: Conheça os campeões da edição 2005

Acabou hoje o Rally Internacional dos Sertões 2005. A maior competição off-road das Américas e a terceira maior do mundo em número de participantes, teve pela primeira vez largada (no dia 31/07) e chegada na mesma cidade: Goiânia. Foram 4.692 quilômetros de estradas e trilhas de Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Distrito Federal.

Nas motos, cuja disputa no Sertões valeu como quinta etapa do Campeonato Mundial de Rally Cross Country, Jean Azevedo conquistou o título com tempo total acumulado de 26h15min26s. Agora ele é pentacampeão do Sertões, tornando-se o competidor mais premiado do rali, ao lado do irmão André, que já ganhou nas categorias carros e caminhões. Jean também entrou para a história por ser o primeiro piloto brasileiro a vencer uma etapa do Campeonato Mundial de Rally Cross Country. “Estou muito feliz com esse prêmio. Para mim foi uma prova tranqüila, mas muito difícil”, disse ao vencer o rali.

Com 27h17min12s, o chileno Carlo De Gavardo faturou o vice-campeonato, resultado que dá o bicampeonato mundial para motos até 450cc. No ano passado ele conquistou a façanha durante o Rally da Argentina. “Disputar o Sertões foi muito lindo e emocionante, porque aqui no Brasil há pilotos excelentes, e a natureza é fantástica. Estou contente por ter corrido aqui e no ano que vem pretendo voltar”, disse o piloto de moto chileno. Em terceiro nas motos, chegou José Hélio com o total acumulado de 28h24min53s.

Na categoria quadriciclos, Robert Nahas é o campeão. Ele cruzou a linha de chegada da última etapa em segundo lugar, atrás de Carlo Collet, que ficou com o vice-campeonato. A vitória de Robert quebrou a seqüência de quatro títulos do Collet.

Nos carros, o piloto Edu Piano e o navegador Rogério Almeida são os grandes campeões do Sertões 2005. Eles venceram a prova com uma Chevrolet S10, que fez o tempo acumulado de 26h51min00s. “Vencer o Rally dos Sertões é uma alegria muito grande e um sonho que hoje foi concretizado”, disse Edu Piano.

“Essa edição foi histórica pela grande dificuldade das etapas e também pelo nível de exigência da navegação”, afirmou o navegador Rogério Almeida, que cruzou a linha de chegada gritando bastante pelo rádio.

Em segundo, chegaram Ulysses Bertholdo e Rafael Capoani, com 27h27min27s, seguidos por Reinaldo Varela e Bruno Mega, com 27h41min33s.

Nos caminhões, o título ficou com Amable Barrasa e José Papacena, que levaram seu Ford F4000 a fazer o tempo total acumulado de 20h31min29s, Em segundo, repetindo sua colocação do ano passado, chegou a dupla Carlos e Guido Salvini, com 21h25min18s, e, em terceiro, Ricardo Domingues e Nilo de Paula, com 22h19min15s.

Última etapa

A 11a etapa do Rally Internacional dos Sertões foi de Brasília a Goiânia. Foi uma especial de 112 km, com um deslocamento inicial de 165 km e um deslocamento final de 152 km. Nas motos, o chileno Carlo de Gavardo venceu, seguido por Jean Azevedo e José Hélio. Nos carros, Guilherme Spinelli e Marcelo Vívolo levaram a melhor, seguidos João Antonio Franciosi e Fabricio Abrantes e Klever Kolberg e Luiz Palu.

Marcas

A tradicional competição entre as diversas marcas que participam do Rally dos Sertões também mostrou os que levaram a melhor neste ano. Nas motos, praticamente não houve mudança e as principais marcas foramsão KTM, modelo da moto austríaca usada por Jean Azevedo e os pneus Pirelli. Nos carros os grandes vencedores foram a Chevrolet e pneus Goodyear. Nos caminhões, Ford e também Goodyear.

Limite de velocidade

Esta edição do Sertões foi marcada pela limitação de velocidade. Todos os veículos estavam equipados com um sistema eletrônico chamado Spy, para punir aqueles que ultrapassarem 150 km/h. A medida visava aumentar a segurança de competidores e do público.

O Rally Internacional dos Sertões é organizado e promovido pela Dunas Race e tem patrocínio do Banco Real, Ipiranga, Goodyear e Siemens em parceria com a Brasil Telecom. O co-patrocínio é da Volkswagen Caminhões, TAM Viagens e apoio da Mitsubishi, Governo de Goiás e Governo do Tocantins. Supervisão da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) e CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo).