Paris-Dakar: Barcelona grita o nome de Ronaldinho

Quando a moto KTM de Jean Azevedo subiu ao pódio montado para a largada do 27º Paris-Dakar, os espanhóis se agitaram e passaram a gritar o nome de Ronaldinho, ídolo máximo em Barcelona. A cena se repetiu, minutos depois, com as passagens do Mitsubishi Pajero de Klever Kolberg e do Tatra de André Azevedo. “Somos eternamente gratos a vocês, brasileiros, por terem nos dado o Ronaldinho”, disse Javier Marilla, uma entre as mais de 10 mil pessoas que foram à Plaza de España dar adeus ao Rally Paris-Dakar.

Depois de três dias de verificações técnicas e de uma especial de 6 quilômetros na praia de Barcelona, a caravana de 700 veículos, entre motos, carros e caminhões, deixou a cidade na manhã de hoje com destino a Granada, no sul da Espanha. Os pilotos percorrerão um trecho de 920 quilômetros por estradas de asfalto e não haverá cronometragem. “É apenas um deslocamento”, explicou Klever Kolberg, piloto do Mitsubishi Pajero da equipe Petrobras Lubrax.

O primeiro brasileiro a largar foi Jean Azevedo com sua moto KTM. O piloto, quinto colocado no Dakar 2003, estava satisfeito com o sol que abriu em Barcelona na manhã deste sábado. “Como não tem que acelerar forte, o maior problema para mim seria o frio”, disse Jean. Sobre a especial de ontem quando chegou na 30a colocação, o brasileiro disse que não acelerou forte. “Passei por mais de 20 pilotos caídos. Os vincos na areia estavam muito fundos”, afirmou. “Em um etapa curta como esta, você tem muito a perder e quase nada a ganhar”, resumiu Jean.

Kolberg e seu navegador, Lourival Roldan, largaram por volta do meio-dia. O piloto pretendia usar o percurso para conhecer melhor o seu novo Pajero. “Será só trecho de asfalto, mas vai ser possível me familiarizar mais com os comandos do carro”, contou o piloto que tem nas mãos um dos melhores veículos do Dakar, tirando os bólidos das equipes oficiais.

André Azevedo, ao lado de Luizão Azevedo e do tcheco Mira Martinec, deixou Barcelona com destino a Dakar às 13h30. “Sobre a etapa de hoje, tudo o que posso dizer é que quero que ela acabe rápido. Quero ir logo pro deserto, onde o Tatra se sente em casa”, disse André. Luizão, seu primo e navegador, estava surpreso com o desempenho do caminhão tcheco. “Eu fiz minha primeira etapa a bordo do Tatra apenas ontem, mas já deu pra perceber o quanto ele é forte”.



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