Paris-Dakar: Irmãos Azevedo passam pelas verificações

Os irmãos brasileiros Jean e André Azevedo passaram na tarde desta quinta-feira, dia 30 de dezembro, pelas verificações administrativas e técnicas do Rally Paris-Dakar. Os pilotos da moto e do caminhão da equipe Petrobras Lubrax não tiveram problemas com a rigorosa fiscalização.

No caso de Jean até sobrou equipamento em sua KTM 700. O mecânico Geraldo Lima, levado do Brasil especialmente para o Dakar 2005, instalou um sistema chamado sentinel, que faz com que os veículos que estejam a menos de 200 metros emitam um sinal sonoro com a aproximação da moto. A obrigatoriedade do equipamento, no entanto, não é para todas os veículos de duas rodas. Os pilotos considerados de ponta, como o brasileiro, não precisam instalar. “Não tinham nos avisado”, contou Jean, que traz no currículo um quinto lugar no Dakar de 2003. O brasileiro também surpreendeu a organização ao apresentar uma jaqueta com airbag. Segundo os fiscais, trata-se do único piloto com o equipamento, que pesa cerca de um quilo. “Estou pronto. Vou pra cima das motos da equipe oficial”, disse Jean, que almeja subir no pódio.

Nas verificações técnicas dos caminhões, o sentinel e os demais equipamentos eletrônicos atrasaram o processo. André Azevedo e seus navegadores Luizão Azevedo e Mira Martinec ficaram das 12h até as 20h passando pelo crivo dos fiscais que conferem a documentação, os equipamentos de segurança e toda a parte mecânica do caminhão. “Estão cada vez mais rigorosos”, disse André. Enquanto esperava, André aproveitou para assistir um vídeo feito pela organização e transmitido em um telão do Palau Sant Jordi, ginásio que abrigou os jogos olímpicos de Barcelona, em 1992. O filme mostrou as cenas mais marcantes dos 27 anos de rali, um prato cheio para o piloto, que participa pela 18ª vez da prova. Seu “sossego” só foi interrompido quando percebeu concorrentes japoneses fotografando a suspensão do caminhão. “Os Tatra são os únicos com suspensão independente nas quatro rodas. Os outros caminhões ficam loucos”, explicou o brasileiro que acredita que o nível da prova nunca esteve tão alto. “Mas estamos muito fortes também”, completou André, vice-campeão do Dakar em 2003.

Os carros da equipe oficial da Mitsubishi também passaram hoje pelas verificações. O espanhol Nani Roma, vencedor entre as motos no ano passado e que este ano é uma das estrelas dentro dos carros da marca japonesa, trouxe milhares de fãs às arquibancadas do ginásio. “É muito difícil estar mais feliz do que estou hoje”, disse Roma.



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