O qualificatório da etapa final de 2024 consagrou um novo recordista em Interlagos: Werner Neugebauer é o único piloto nos 20 anos de história da Porsche Cup a andar abaixo de 1:34 em uma atividade oficial do campeonato de sprint em São Paulo. O piloto do Porsche #8, que estreiou com vitória na categoria em 2016 justamente numa preliminar de GP de F1, cravou 1:33.926 e levou o último troféu Mobil™ do ano.
Como o treino demandava duas voltas rápidas, uma para o grid de sábado e outra para o de domingo, Christian Hahn também ampliou sua galeria de troféus. Ele cravou 1:34.191, para assim garantir a pole na primeira prova da rodada dupla. Sua marca também foi melhor que a do recorde anterior, de Rodrigo “Digo” Baptista.
Após algumas voltas de aquecimento dos pneu Michelin, Christian Hahn foi o primeiro a registrar uma marca competitiva, já baixando o melhor tempo do treino livre. O #26 cravou 1:34.937, apenas dois décimos acima do então recorde absoluto da Porsche Carrera Cup em Interlagos. A marca histórica era de 2018, de autoria de Rodrigo Baptista.
Então Muller cravou 1:34.123, estabelecendo o novo recorde da categoria. A disputa pelas poles então seria também a disputa pelo melhor tempo da história dos carros de competição mais produzidos no planeta.
Após dez minutos de quali, Muller liderava, com Hahn em segundo. Miguel Paludo era terceiro, Jeff Giassi quarto e Werner Neugebauer aparecia em quinto.
Muller realmente mostrava força no início do treino: sua segunda melhor volta já era melhor que a melhor volta do segundo colocado, de modo que, naquele momento, o #544 teria as duas poles da etapa.
Na metade da sessão a maioria do grid havia parado nos pits para novos pneus visando a fase final do quali. Muller liderava, com Hahn, Paludo, Giassi e Raijan Mascarello (nesta ordem) completando o top5.
O treino voltou a ficar quente nos dez minutos finais, mais uma vez com Hahn acelerando forte. Ele cravou 1:34.191.
Então Werner Neugebauer estabeleceu 1:33.926, para ser o líder e o primeiro piloto nos 20 anos de história da Porsche Cup a cravar uma volta abaixo de 1:34 em São Paulo. Hahn tentou responder e baixou sua marca, mas não desbancou o #8 da liderança.
Eles entraram nos 5 minutos finais com Werner provisoriamente na pole para o domingo e Hahn no sábado.
Giassi assumiu a vice-liderança a menos de 2 minutos da bandeirada e vinha credenciado por seu melhor trecho na volta seguinte, quando precisou tirar o pé por causa de uma amarela localizada no segundo trecho da pista. O carro atravessado no Bico de Pato atrapalhou também Alceu Feldmann e Muller, que tiveram que abortar suas voltas pela bandeira de advertência.
Na bandeirada, o top5 do quali indicava para a corrida de domingo grid formado por Werner, Hahn, Muller, Paludo e Giassi. Para o grid do sábado, estabelecido com as segundas melhores marcas de cada um, a ordem era: Hahn, Muller, Paludo, Werner e Giassi.
O que eles disseram:
“O asfalto ajudou 100%, praticamente não tínhamos mais asfalto no miolo e ali conseguimos virar um tempo muito bom. Foi uma pena não ter conseguido aproveitar o primeiro jogo de pneus, mas é muito legal largar na pole aqui na Fórmula 1. Se o título não vier, que pelo menos venha mais uma vitória para terminar o ano como o maior vencedor da temporada.”
Werner Neugebauer
“Acabou ficando um pouco confuso o resultado por causa do formato de uma sessão apenas e duas voltas necessárias para formação dos dois grids. A equipe tinha dito pelo rádio P2 e P2 e eu já estava lamentando ter escapado a pole… Então depois fiquei muito feliz pela pole de hoje e vamos brigar pela vitória hoje. Sei que ‘matematicamente’ existe ainda uma chance de título mas depende de infortúnios de outros dois competidores então vamos trabalhar pelo que está a nosso alcance e lutar pela vitória no sábado”
Chris Hahn