Etapa paulista estreia o modelo Top Qualifyng e exige respostas rápidas das equipes desde a sexta-feira.
A sexta-feira em Interlagos marcou o início das atividades da terceira etapa da temporada 2025 da NASCAR Brasil Series, e o primeiro treino livre deu indícios de que o equilíbrio será a tônica do fim de semana. Com um tempo de 1m49s249, Rubens Barrichello, a bordo do Ford Mustang #91 da Full Time, foi o mais rápido do dia, mostrando consistência e bom ritmo desde os primeiros minutos na pista paulistana.
“Foi um bom começo para a etapa. Vamos manter o foco no acerto ideal e o que vale mesmo é termos um bom desempenho na classificação”, comentou Barrichello, já projetando os desafios de sábado, quando entra em cena o classificatório no formato Sprint Race — novidade importante da temporada.
A grande diferença neste novo formato, rebatizado com o nome que remete à origem da categoria desde 2011, está na construção do grid de largada. No Q1, todos os carros vão para a pista por 10 minutos, e o resultado já define o posicionamento da Corrida 1. No Q2, os carros classificados entre o 7º e o 24º lugar estabelecem o grid da Corrida 2, enquanto os seis primeiros disputam a “Top Qualifyng”, uma corrida curta de seis voltas que define o topo da tabela. A dinâmica traz um componente de pressão e estratégia em cada segundo de pista.
Entre os pilotos da classe Challenge, o destaque foi Jorge Martelli, que liderou o treino extra exclusivo da categoria ao volante do Camaro #87 da Team RC. Natural de Santa Catarina e representando a cidade de Tapurah (MT), Martelli destacou sua afinidade com o traçado de Interlagos. “A pista é uma das minhas prediletas. Conseguimos andar bem e o P1 foi nosso no treino extra. Vamos procurar manter a concentração e buscar sempre estar à frente nos treinos para classificar bem para as duas corridas e obter os melhores pontos nessa etapa”, avaliou.
Os treinos desta sexta também deram indícios do impacto do novo modelo técnico da NASCAR Brasil. Com a preparação dos carros agora sob responsabilidade de quatro equipes fixas — uma mudança que moderniza e profissionaliza ainda mais o grid — os acertos finos passam a ser diferencial crucial, especialmente em pistas como Interlagos, onde o equilíbrio entre potência nas retas e tração no miolo é decisivo.
Ao longo do sábado e domingo, a chave será entender a lógica de desgaste dos pneus, encontrar a janela ideal para desempenho pleno nos classificatórios curtos e se posicionar bem para as corridas principais. A Top Qualifyng, por sua vez, promete trazer o espetáculo da NASCAR em miniatura, onde estratégia e arrojo vão decidir o grid final entre os melhores do Q2.
A temporada que marca a consolidação do novo formato técnico e a aproximação definitiva com o espírito da NASCAR dos EUA — com duplas opcionais, provas mais curtas e um regulamento dinâmico.