O paulista Caio Collet, de 13 anos, conseguiu neste domingo (dia 27), em La Conca, na Itália, um feito que o Brasil não alcançava desde 1998: um pódio no Mundial de Kart.
Collet foi o terceiro colocado na categoria KF-Júnior, numa competição que reuniu mais de 100 kartistas ao longo do fim de semana. Na final, o piloto largou da sétima posição para chegar em terceiro, atrás apenas do norte-americano Logan Sargeant (campeão) e o francês Clément Novalak (segundo colocado).
Em 1998, o Brasil conquistou um pódio duplo no Mundial de Kart, quando Ruben Carrapatoso foi campeão e André Nicastro ficou em terceiro. Foram 18 anos sem uma conquista para o país, que além de Carrapatoso teve mais dois campeões mundiais até aqui: Guga Ribas (1986) e Gastão Fráguas (1995), este último manager de Collet atualmente.
Filho do piloto de rali, Carlo Collet, Caio iniciou sua carreira no kartismo com apenas 6 anos. Entre os principais títulos da carreira estão o bicampeonato brasileiro de kart (o segundo título conquistado este ano na categoria Júnior), o Top Kart Brasil de 2015, além de vários títulos e vitórias nos campeonatos regionais.
Em 2015, o piloto também deu início a sua carreira internacional e os resultados surpreenderam. Nas três etapas do Europeu de Kart, ele esteve sempre entre os mais rápidos, conquistou um pódio na etapa de Portugal (segundo lugar) e foi o melhor estreante da categoria KF-Júnior, ficando em sexto lugar no geral.
Em La Conca, no Mundial, o piloto também andou sempre entre os mais rápidos. “A corrida final foi muito boa. Tive sorte e larguei muito bem. Fui pra terceiro e consegui abrir uma boa vantagem para o quarto colocado. Cheguei a passar o segundo, estive bem próximo do primeiro, mas ele levava um pouco de vantagem na reta. Na 15ª volta (de 21 voltas), acabei sendo ultrapassado e cai pra terceiro. Comecei a perder um pouco de ritmo, mas deu pra manter a terceira posição e estou muito feliz com este pódio”, declarou após a prova final.
Após as corridas na Europa, o piloto ressaltou também o nível dos rivais. “O nível é muito alto. De cada 10 pilotos, nove são muito bons e ter competido contra eles no Europeu me ajudou muito na disputa do Mundial”, completou o brasileiro, que correu no exterior pela equipe italiana Kosmic Racing Dept.
De volta ao Brasil, Collet passa a trabalhar agora para buscar mais um título no país, na Copa do Brasil, dentro de 15 dias, em Minas Gerais.
