Após sete temporadas completas na Fórmula 2, Ralph Boschung pisou pela primeira vez no local mais alto do pódio da categoria neste sábado (4), no Circuito Internacional do Bahrein. Demorou, mas o primeiro triunfo se deu em grande estilo, já que o suíço cruzou a linha de chegada com 10s8 de vantagem e quebrou o jejum de quatro anos da Campos Racing sem vencer uma corrida na F2.
A última vez que um piloto da Campos venceu uma prova de F2 foi em 2019, quando Jack Aitken conquistou a vitória na Sprint Race de Monza, na Itália. Na época, a equipe espanhola era gerida pelo ex-F1 Adrián Campos, que faleceu em janeiro de 2021. Agora, o time está sob os cuidados do filho, Adrián Campos Jr., e, depois de algumas temporadas com resultados abaixo das expectativas, parece renascer das cinzas.
E a felicidade deste sábado não se restringe à F2 apenas. No Bahrein, a Campos encontrou um acerto que permitiu que seus pilotos performassem de forma altamente competitiva também na Fórmula 3. Disputando sua segunda temporada na categoria, Josep María Martí foi o primeiro a ver a bandeira quadriculada da Sprint Race e conquistou sua primeira vitória na F3.
Contudo, diferente de Boschung, Martí não pode demonstrar completamente o potencial competitivo do carro, pois a prova foi marcada por duas longas intervenções do Safety Car – um da volta 2 à volta 4 e o outro da volta 7 à volta 12, ou seja sete voltas das 19 voltas sob regime de Safety Car. Porém, o piloto de 17 anos mostrou ter paciência e, na hora certa, ultrapassou Franco Colapinto (MP Motorsport) e assumiu a liderança.
Revelando completamente ou não a competitividade de seu carro, o box da Campos Racing certamente está em festa hoje. Com um novo saldo de quatro triunfos na F2 e três na F3, a equipe espanhola finalmente tem um fim de semana de corrida em que o adjetivo “competitivo” se encaixa adequadamente. Como disse no rádio Boschung, “essa é para Adrián”.
