O brasileiro Rafael Câmara conquistou neste domingo (3) o título da temporada 2025 da Fórmula 3 ao vencer a corrida principal da penúltima etapa do campeonato, disputada no circuito de Hungaroring, na Hungria. Em uma prova realizada com pista molhada, o piloto da Trident largou da pole position e se manteve na ponta ao longo de toda a disputa, triunfando pela quarta vez no ano e definindo o campeonato.

A segunda posição ficou com Mari Boya, piloto da Campos Racing que se manteve próximo de Câmara por toda a disputa, sem conseguir buscar o ataque. O pódio contou ainda com Tuukka Taponen, piloto da ART Grand Prix que não conseguiu acompanhar o ritmo dos líderes. Charlie Wurz, da Trident, foi o quarto, sendo seguido por Theóphile Nael, da Van Amersfoort.
Nikola Tsolov, da Campos Racing, foi o sexto após largar apenas da 21ª posição. Brando Badoer completou a disputa em sétimo com a Prema, sendo seguido por Laurens van Hoepen, oitavo com a ART Grand Prix. Alessandro Giusti, da MP Motorsport, e Tasanapol Inthraphuvasak, da Campos Racing, completaram o top-10.
A corrida contou com intervenção do Safety Car. Na quarta das 23 voltas de disputa, Brad Benavides parou na barreira de proteção após um toque com Roman Bilinski na curva 13, a última do circuito húngaro. Na sétima volta, a prova foi neutralizada novamente após um toque entre Ugo Ugochukwu e Gerrard Xie que causou o abandono de ambos.
A Fórmula 3 encerra a temporada 2025 nos dias 5, 6 e 7 de setembro com a disputa da etapa de Monza, na Itália.
Confira como foi a corrida
Com a pista molhada e os pilotos usando pneus de chuva, a corrida começou com o Safety Car à frente do pelotão e a largada em movimento. Câmara manteve a primeira posição, seguido por Boya e Taponen. Ainda no primeiro giro, Tim Tramnitz, terceiro colocado do campeonato, rodou, mas conseguiu retornar ao traçado rapidamente.
Na segunda volta, Ugochukwu passou por Nael para tomar a quinta posição. Mais atrás, Wharton deixou Inthraphuvasak para trás, tomando a décima colocação. Na terceira volta, a direção de prova autorizou os pilotos a usarem o DRS, mesmo momento em que Boya diminuiu a diferença em relação a Câmara para menos de um segundo.
Callum Voisin foi punido em cinco segundos por um toque em Bruno del Pino ainda no início da corrida. Na quarta volta, Boya abriu ataque sobre Câmara, que se defendeu. O Safety Car, então, foi acionado após Brad Benavides acertar a barreira de pneus após um toque com Roman Bilinski. Câmara liderava, com Boya, Taponen, Xie e Ugochukwu no top-5.
A relargada veio na volta 7 com o brasileiro da Trident mantendo a liderança, sempre pressionado por Boya. No mesmo giro, Ugochukwu foi para o ataque sobre Xie, mas os dois se tocaram, com o americano deixando a corrida. O Safety Car foi acionado mais uma vez. Chamava atenção a posição de Nikola Tsolov, que vinha em 13º após largar do 21º lugar.
Com dez voltas, Tim Tramnitz e Matías Zagazeta passaram a ser investigados por infração no período de Safety Car. O top-5 durante a neutralização tinha Câmara, Boya, Taponen, Wurz e Nael. A relargada veio na abertura do 11º giro em Hungaroring, com o brasileiro da Trident mais uma vez mantendo a primeira colocação, ampliando a diferença para mais de um segundo.
Tsolov se aproveitou de uma escapada de pista de León, passou por Hedley e Van Hoepen e entrou no top-10. O mexicano da Prema tocou em Hedley, que rodou, retornando à pista. O búlgaro da Campos Racing seguia avançando e passou por Stromsted para tomar a nona colocação. Pouco depois, Tsolov deixou Wharton para trás, avançando para oitavo.
Com 13 voltas, Câmara mantinha uma vantagem de 1,3 segundos em relação a Boya, posição que lhe garantiria o título. Mais do que isso, o brasileiro anotou a melhor volta da corrida. Tsolov seguia avançando e passou por Giusti para tomar a sétima colocação. No pelotão de trás, Zagazeta e Domingues se tocaram, mas seguiram na disputa.
León foi punido em dez segundos pelo toque com Hedley, enquanto Tsolov passou por Badoer, tomando o sexto lugar. A corrida entrou nas dez voltas finais com Câmara um segundo à frente de Boya, que marcou a volta mais rápida da corrida. O grupo dos cinco melhores ainda contava com Taponen, Wurz e Nael.
Por conta da chuva e das intervenções de Safety Car, a prova passou a ter contagem de tempo para o seu final. Ramos escapou da pista, mas voltou ao traçado rapidamente. Stenshorne, que vinha na 18ª colocação, foi chamado aos boxes para colocar pneus slicks no complemento da volta 16, o que foi seguido por Del Pino.
A corrida entrou nos dez minutos finais com Câmara mantendo Boya distante mais de um segundo, enquanto Marinangeli rodou sozinho, retornando ao traçado sem maiores problemas. Del Pino, com os pneus slicks, sofria para se manter na pista e acabou ultrapassado pelos líderes da corrida.
Na 20ª volta, Câmara recebeu ordem da equipe de buscar trechos molhados do circuito para manter os pneus em bom estado. O piloto da Trident mantinha uma vantagem superior a um segundo em relação a Boya, que lutava para se aproximar. Taponen, o terceiro colocado, vinha distante dos dois primeiros colocados.
No complemento da volta 21, Câmara ampliou a distância em relação a Boya para dois segundos, enquanto o relógio de prova entrou no minuto final. O brasileiro seguiu para vencer a prova e garantiu o título ao vencer após 23 voltas, um giro a menos que o previsto. Boya e Taponen completaram o pódio.
