Até onde pode chegar um garoto da geração que atualmente se forma no automobilismo doméstico brasileiro? Esta é uma pergunta que os jovens pilotos das categorias de base nacionais se fazem com certa constância, até mesmo devido à cada vez maior dificuldade se galgar posições no ranking automobilístico internacional. A vitória de Lucas Di Grassi no competitivo e badalado Grande Prêmio de Macau, na madrugada deste domingo incentiva, os talentos ainda em formação (vários deles antigos rivais do próprio Lucas) a sonhar com o glamour do esporte no exterior.
“Corri com o Lucas em 2002, na Fórmula Renault Brasil”, conta o baiano Diego Freitas, que ainda compete na categoria e neste domingo participou da prova de estréia da pista de rua de Salvador (BA). “Ele já era um piloto rápido e competente. Na Fórmula 3 Sul-Americana, acompanhei o trabalho dele mais de perto, e ele sempre acertou muito rápido e muito bem o carro. Sem dúvida, a vitória do Lucas é algo maravilhoso, pois mostra que nossas categorias de base continuam produzindo gente de talento.”
“Acho importante o fato de o Lucas ter começado da mesma forma que nossa geração, competindo no automobilismo no Brasil, e agora estar se destacando internacionalmente”, concorda Nelson Merlo, que, como fez Di Grassi em 2002, é piloto de ponta da F-Renault nacional. “É um fato que mostra que nós, que ainda estamos correndo no Brasil e, em termos de idade e tempo de carreira, estamos muito próximos dele, também podemos sonhar com a conquista de torneios internacionais de alto nível.”
“O Lucas disputou a Fórmula Renault em 2002 e correu em circuitos de rua aqui no Brasil, como fizemos neste fim de semana em Salvador. Esse aprendizado é muito importante e acredito que tenha contribuído para que ele pudesse se destacar em Macau, já que nas categorias internacionais corridas nesse tipo de circuito não são tão comuns”, diz Luiz Razia, um garoto de 16 anos que faz sua temporada de estréia na F-Renault Brasileira.
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