Fábio Casagrande monta equipe na categoria

A situação de Fábio Casagrande é diferente da dos demais pilotos da Fórmula-3 Sul-Americana. Enquanto a maior parte busca patrocinadores para bancar a temporada na principal categoria do continente e depois se limita, praticamente, a guiar o carro, Casagrande montou uma equipe tão profissional que nem ele mesmo tem um cockpit garantido durante todo o campeonato. A Casagrande Racing, equipe com sede na cidade de Americana, no interior de São Paulo, tem quatro carros, negocia com vários pilotos para 2005 e, pelo menos por enquanto, só Fábio Casagrande está confirmado para a abertura do Renault Speed Show by TIM, nos próximos dias 11, 12 e 13 de março no Autódromo Internacional de Curitiba, no Paraná. Neste ano a F-3 passou a integrar o maior festival de velocidade do País ao lado da Fórmula Renault e da Copa Clio.

“Criei uma equipe para ir em frente e por isso, como qualquer outro piloto, só ando se tiver dinheiro para me manter. Caso contrário, vira bagunça. Para ter uma idéia, para esta temporada já tenho parte do patrocínio e estou negociando com outras empresas. Tem também outra possibilidade, pois, se acertar com quatro pilotos, terei de ficar fora”, disse Casagrande.

O ano de 2005 não será a primeira vez que Fábio Casagrande, de 29 anos, participa da Fórmula-3 Sul-Americana, pois ele teve passagens pela categoria em 2002, quando fez três rodadas duplas da F-3 Light. Em 2003 só não disputou as corridas na Argentina e na temporada passada trabalhou para conquistar o apoio da Delphi, empresa do grupo da General Motors.

“Eles me dão suporte técnico para desenvolver o carro, nas áreas de eletrônica, engenharia, mecânica, em vários outros segmentos e esse suporte será dividido com os outros pilotos da equipe. Temos quatro engenheiros da Delphi trabalhando na Casagrande Racing. Se conseguir mais apoios para a equipe neste ano, vou abater do que os pilotos tiverem de pagar. Isso não acontece em outras escuderias”, disse Fábio (Sudeste Pré-Fabricados / Recap / Trevilub Lubrificantes).

Bem estruturado na parte administrativa e técnica, Casagrande ainda não tem idéia do que pode fazer como piloto na 19ª temporada da Fórmula-3 Sul-Americana. O motivo da dúvida de Casagrande é sua falta de treinos com o carro.

“Como não andei com o carro, ainda não tenho uma idéia exata do que posso fazer. Acertamos a contratação de um engenheiro de pista que fez várias modificações no carro que deve mudar bastante em relação à temporada passada, quando o carro torcia demais. Todos os carros da nossa equipe têm possibilidades de andar bem”, completou o piloto/empresário.



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