Diego Nunes estréia bem entrosado com a equipe

O piloto Diego Nunes dá mais um passo rumo à carreira internacional. Depois de dois anos e meio de experiência na Fórmula Renault, o primeiro degrau para a entrada no automobilismo, ele está definido para correr sua primeira temporada na Fórmula-3 Sul-Americana, a mais tradicional e respeitada categoria de monopostos do continente. Aos 18 anos Diego assinou com a Bassani Racing e não vai entrar sem conhecer o carro. Pelo contrário, chega com bom entrosamento com o Dallara/Berta.

“Essa mudança de categoria da Renault para a F-3 foi um passo bastante grande, mas para me preparar para isso andei bastante em várias pistas. Aproveitei que na F-Renault a gente não podia treinar e conheci vários outros autódromos e ganhei boa quilometragem com o F-3”, disse Diego, que vai correr pela Bassani Racing.

Patrocinado pela Chocolates Garoto desde os 13 anos, Diego elogia a performance dos motores Berta. Fabricados na Argentina, os propulsores ajudarão a reduzir os custos da Fórmula-3 Sul-Americana e, com 255 HP, se tornaram os mais potentes no mundo na categoria. No final do ano passado, Diego manteve o primeiro contato com os Berta.

“Por ser estréia acho que não apresentaram tantos problemas assim. É um motor forte de fina e parecido com os Mugen, que antes equipavam os carros da categoria. A vantagem dos Berta está no torque final, entre 4 e 7 mil rpm”, analisou o piloto que no kart se sagrou campeão paulista nas categorias Graduado A e Graduado B.

Depois de passar pela F-3 Sul-Americana Diego sonha em seguir carreira na Europa e, quem sabe, chegar à Fórmula-1. Para isso, ele sabe que terá de percorrer um longo e difícil caminho, mas não desanima.

“Acho importante fazer a F-3 Inglesa, mas tenho de sair bem preparado, pois o nível é alto. Quero chegar lá e me dar bem. Normalmente se tem uma chance só. Se não der certo tem de voltar e aí tudo fica mais difícil”.

Nas suas andanças pelas pistas brasileiras na temporada passada, Diego Nunes testou o F-3 em Campo Grande, Interlagos, Curitiba, Londrina e Brasília. Ainda neste ano ele pretende conhece os traçados argentinos, onde acontecerão três das nove rodadas duplas de 2005.

“Além de alguns desses traçados ainda teremos Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, uma pista onde ninguém andou e é desconhecida para todos, e as da Argentina”.