Di Grassi vira atração na fábrica da Renault

O paulista Lucas Di Grassi teve hoje (quinta, 24) um dia de piloto de Fórmula 1. Convidado pela Renault do Brasil para visitar as instalações da fábrica de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba (PR), ele foi uma atração especial para os funcionários do Complexo Industrial Ayrton Senna. Nesta planta, que ocupa uma área de 2,5 milhões de m2, a Renault fabrica por ano 82.000 carros e 200.00 motores (65% destes últimos destinados ao mercado externo).

O rapaz de 20 anos circulou pela fábrica de macacão nas cores e padrões dos utilizados pelos pilotos oficiais da equipe de Fórmula 1 da marca francesa. Na verdade, Lucas envergava o macacão do Renault Driver Development Program (RDD), o projeto da Renault que visa levar jovens talentos para a Fórmula 1, por intermédio de um programa de apoio financeiro, esportivo e educacional. “Eu só conhecia a fábrica de carros de F-1 da Renault. Vou lá diariamente, pois utilizo a academia deles para minha preparação física. Faz parte do meu treinamento”, conta o piloto, um dos únicos cinco membros do RDD em todo o mundo. “Hoje em dia, uma fábrica de carros de rua é um festival tecnológico. Acho que todo mundo que gosta de carros deveria conhecer uma fábrica de perto, pois é um show. O complexo da Renault do Brasil, por exemplo, é impressionante”, completou o piloto.

Apesar de nunca ter visitado uma fábrica de automóveis de rua, Lucas logo achou uma maneira de se ambientar: a bordo de um rebocador elétrico (usado para carregar peças grandes, como portas e chassis), ele acelerou por alguns setores da montadora e brincou com os funcionários. “Quero bater o recorde de vocês. Quem sabe me dizer qual é o melhor tempo de volta por aqui?”, divertiu-se o piloto enquanto fazia manobras com o carrinho.

A presença de Lucas quebrou a rotina dos funcionários do Complexo Ayrton Senna: encerrada a primeira parte da visita, ele almoçou com um grupo de trabalhadores escolhidos por sorteio, falou a eles sobre programa de desenvolvimento de pilotos da Renault e respondeu a perguntas sobre automobilismo. Nesta temporada Lucas vai correr com o patrocínio da Renault o Campeonato Europeu de Fórmula 3 pela equipe Manor Motorsport. A primeira corrida será no dia 17 de abril, no circuito alemão de Hockemheim. “Em relação a uma fábrica de carros de Fórmula 1, a grande diferença é que esta última tem apenas dois ‘clientes’, que são os pilotos. Então, tudo é feito em função deles. Neste aspecto, os carros de rua são bem superiores, pois podem acomodar e satisfazer qualquer tipo de pessoa. Se falarmos em velocidade, os F-1 ganham disparado, mas se pensarmos em conforto, um Clio ou um Scénic são de longe muito melhores.”, opinou Di Grassi.

Os projetos dos carros de Fórmula 1 e dos carros de rua visam objetivos completamente diferentes, mas na opinião de Lucas os processos têm pontos em comum. “Pelo menos aqui na Renault, a F-1 está muito presente: são dois processos que se interligam pela troca de tecnologia. Guardadas as devidas proporções, acho que até o ambiente de trabalho tem semelhanças”, compara Lucas Di Grassi.



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