MotoGP: Steiner diz que apenas “copiar Fórmula 1” não será suficiente para Liberty

Após oficializar sua aquisição da MotoGP em julho, a Liberty Media já iniciou seu trabalho no mundial das duas rodas. E, de olho no desempenho da dona dos direitos da Fórmula, está o ex-chefe da equipe Haas, Gunther Steiner. Ele está à frente de um consórcio que comprou a equipe Tech3 de seu fundador, Herve Poncharal, e administrará o time a partir do ano que vem.

Para ele, a Liberty deve entender como a MotoGP funciona, suas particularidades, para realizar um bom trabalho na promoção da categoria.

“Não vou entrar em detalhes sobre o que não devemos adaptar da Fórmula 1, porque cada local tem sua própria história para contar ou seu próprio caminho a seguir”, iniciou Steiner.

“E eu não acho – porque muitas pessoas acham isso agora que a Liberty assumiu – que ela copiará e colará a Fórmula 1: não acho que eles farão isso, porque a Dorna ainda comanda este lugar e sabe o que é importante para a MotoGP. Eles não precisam copiar outra pessoa porque podem escrever sua própria história. Há ingredientes suficientes aqui para criar sua própria história e pessoas suficientes aqui para criar sua própria história.”

“Você não precisa ir lá e dizer ‘vamos fazer como eles fazem lá’. Você sempre tem que observar o que outros esportes estão fazendo, mas não apenas a Fórmula 1.”

“Existem outros esportes com os quais você pode aprender. Aprendi muito com o entretenimento esportivo nos Estados Unidos, com os esportes com taco e bola, em como aproximar os fãs. É preciso olhar para todos os lados. Mas não é como se você pudesse dizer ‘vamos pegar isso da Fórmula 1 e fazer aqui’, porque não há necessidade disso.”

“A MotoGP pode fazer o que bem entende e ser muito bem-sucedida. Já é bem-sucedida.”

Steiner ainda revelou a coisa que mais o surpreendeu depois que descobriu desde que chegou à MotoGP.

“A maior surpresa foi que fomos bem recebidos aqui”, falou.

“Na Fórmula 1, obviamente a Fórmula 1 tem mais pressão. Há pressão aqui também, mas é mais a pressão esportiva. Na Fórmula 1, há muita política. E como fomos recebidos, fiquei surpreso porque sou um estranho e fui bem recebido aqui, o que é muito estranho, porque não sou bem recebido em todos os lugares.”



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