Um dos rumores do meio da temporada de 2023 tem sido quanto a vontade da equipe KTM de obter mais dois lugares o grid da MotoGP – os que eram da Suzuki, que saiu do mundial no último ano.
No entanto, até o momento o time teve uma negativa da promotora do mundial, a Dorna, para fazer isso para o ano que vem. Isso vem em um momento no qual a equipe tem cinco pilotos contratados para quatro lugares – levando a um impasse na GasGas Tech3, entre Pol Espargaró, Augusto Fernandez e Pedro Acosta – e ainda a possível chegada de Marc Márquez no horizonte.
“Quando passamos de duas para quatro motos, isso quase nos matou”, admite Pit Beirer, chefe da KTM Motorsport, olhando para trás.
“De repente você percebe que está ficando sem espaço na empresa. São experiências que não podem ser lidas em lugar nenhum. Na MotoGP você não pode comprar peças de um catálogo. Você tem que inventá-las junto com seus colegas, construí-las e levá-las para a pista”.
“A expansão sempre tem um impacto grande. Acabaram as concessões, chegou a equipe satélite e aí você viu o resultado. Essa foi a situação em 2019.”
Agora, quatro anos depois, a KTM se vê em condições de aumentar sua presença no grid. “As pessoas me perguntam se oito Ducatis são demais para mim. Sim, mas ainda tiro o chapéu porque há oito máquinas para administrar”.
“Agora estou convencido de que estamos prontos para dar o próximo passo. Não vamos parar de pedir mais duas vagas. Acho que nossa moto é forte o suficiente para consegui-las. A estrutura cresceu e seis motos seriam realmente ideais para nós daqui para frente. Que isso funcione para 2024, mas não depende de nós. Faremos um esforço extremo para ir nessa direção no próximo ano”.
“Temos 28 pilotos distribuídos em todas as categorias. Então, todos teriam que investir tantos milhões quanto nós no trabalho com jovens pilotos para poder exigir o mesmo. É por isso que queremos esses lugares.”
Apesar dos argumentos da KTM, os responsáveis pelo campeonato resistem. Atualmente seguem cinco equipes de fábrica e seis satélites, com os dois lugares da Suzuki continuando reservados a marcas como BMW ou Kawasaki.
“Poderíamos jogar a carta de mais uma marca”, Beirer pensa sobre a possibilidade de incluir a Husqvarna. “Mas eles não querem dar esses dois assentos a uma KTM com outro nome, eles os querem para um próprio fabricante. O desejo original da Dorna era que cada fábrica tivesse uma equipe satélite. Isso seria perfeito, claro. Tudo estaria em equilíbrio, ninguém seria muito poderoso.”
“Mas isso não pode ser aplicado. Por isso preferimos ter seis motos em vez de quatro, para poder competir de alguma forma.”
Spotify
Google Play Music
Deezer
iTunes
Amazon