Moto3: Rueda lidera em Sepang, Quiles vai ao Q1 e Ajo faz 1-2

A sexta-feira da Moto3 no GP da Malásia começou atrasada por um derramamento de óleo na pista de Sepang e terminou com a Red Bull KTM Ajo em festa: José Antonio Rueda foi o mais rápido do dia com 2:11.152, apenas 0s035 à frente do companheiro Álvaro Carpe. O campeão mundial chega ao fim de semana como “o homem a ser batido”, enquanto a equipe celebra um 1-2 que dá moral para a sequência da etapa.

O ritmo de Rueda apareceu na parte final do TL, quando a pista já havia evoluído após a longa interrupção para limpeza. A volta do espanhol foi suficiente para conter o avanço de Carpe e confirmar o domínio da Ajo. Brian Uriarte (Liqui Moly Dynavolt Intact GP), atual campeão da Red Bull MotoGP Rookies Cup, emendou um primeiro dia sólido e fechou em terceiro, mostrando velocidade logo na estreia do fim de semana malaio.

Nem todos, porém, passaram ilesos pelo treino frenético. Maximo Quiles (CFMOTO Power Electronics Aspar Team) ficou fora do top-14 e terá de encarar o Q1 neste sábado. O mesmo vale para Guido Pini (Liqui Moly Dynavolt Intact GP), terceiro colocado no GP da Indonésia, que não escondeu a irritação após um entrevero de pista com Carpe nos minutos finais da sessão. A lista dos que vão ao Q1 ainda inclui nomes fortes como Ryusei Yamanaka (FRINSA – MT Helmets – MSI) e Valentin Perrone (Red Bull KTM Tech3).

Entre os que garantiram vaga direta ao Q2, Angel Piqueras (FRINSA – MT Helmets – MSI) e David Almansa (Leopard Racing) completaram o top-5, confirmando um dia consistente e sem sustos. Logo atrás, Taiyo Furusato (Honda Team Asia), Joel Kelso (LEVELUP-MTA) e Jacob Roulstone (Red Bull KTM Tech3) fecharam os oito mais velozes. Roulstone ainda protagonizou um susto com queda tardia na Curva 4 — assim como o companheiro Perrone —, mas a classificação já estava assegurada.

A fotografia de sexta reforça a impressão de um pelotão extremamente comprimido em Sepang, onde o vácuo nas retas longas e a sequência de “Esses” de alta costumam embaralhar o jogo. Em termos estratégicos, avançar do Q1 para o Q2 (com as quatro vagas tradicionais) pode decidir o fim de semana de quem ficou fora do top-14 — especialmente para Quiles e Pini, dois candidatos naturais às posições de ponta que precisam reagir logo pela manhã.

Para a Red Bull KTM Ajo, o 1-2 inicial oferece um norte claro: consolidar o bom acerto em volta única e manter o ritmo em stint longo, sempre crítico no calor úmido de Sepang. “A volta veio na hora certa”, resumiu o ambiente da equipe nos boxes após a bandeira quadriculada. Do outro lado, rivais como a Intact GP e a MT Helmets – MSI deixaram o TL com sinais encorajadores, o que promete uma disputa de pole apertada na Qualificação.

Sepang também costuma premiar quem encontra rapidamente a janela de pneus e a pressão de freios ideais para as zonas fortes do traçado — em especial as curvas 1, 4 e a freada pesada da 15. Qualquer deslize na leitura do vento ou na temperatura do asfalto pode custar caro na volta de aquecimento e na primeira tentativa lançada, um detalhe que separa a primeira fila de uma largada no meio do bolo na Moto3.

O cenário para sábado é claro: o Q1 será um “mata-mata” com nomes grandes brigando por quatro lugares no Q2, enquanto Rueda e Carpe tentam transformar a superioridade de sexta em pole. Com o grid de largada definido pela Qualificação, a corrida de domingo promete aquele pacote clássico de Sepang — pelotões numerosos, trocas incessantes de liderança e decisão no último setor. Se o TL já entregou uma prévia, a etapa malaia tem tudo para ser das mais imprevisíveis da temporada.



Baixe nosso app oficial para Android e iPhone e receba notificações das últimas notícias.