A etapa da Moto3 neste domingo em Sachsenring entregou exatamente o que os fãs da categoria esperam: emoção até o último metro. Em uma chegada eletrizante, David Muñoz garantiu a vitória para a Liqui Moly Dynavolt Intact GP com uma manobra decisiva na curva final, superando o líder do campeonato, Jose Antonio Rueda (Red Bull KTM Ajo), e levando a equipe da casa ao topo do pódio no Grande Prêmio da Alemanha.
Muñoz largou bem e logo assumiu a liderança, mas teve trabalho do início ao fim para segurar a ponta diante de um pelotão agressivo e numeroso. A disputa foi intensa entre até 15 pilotos nas primeiras voltas, com várias trocas de posição e incidentes ao longo do percurso. Ainda assim, o espanhol manteve a frieza para esperar o momento exato de dar o bote em Rueda, que liderava nas voltas finais.
“Foi uma corrida incrível, sabia que precisava tentar algo na última curva e arrisquei tudo. Estou muito feliz por dar essa vitória para a equipe, especialmente aqui na Alemanha”, celebrou Muñoz após sua segunda vitória na Moto3 em 2025.
Rueda, que havia recuperado a liderança na Curva 8 da volta final, acabou ficando sem espaço após a manobra ousada de Muñoz e foi empurrado para fora da linha ideal. Isso permitiu que Maximo Quiles (CFMOTO Gaviota Aspar Team), que também vinha forte, ganhasse a posição e cruzasse em segundo, garantindo um pódio inesperado.
“Foi tudo muito rápido. Estava em terceiro e, de repente, vi uma brecha. Aproveitei e funcionou. Esse segundo lugar tem um gosto especial”, comentou Quiles.
Rueda ainda terminou em terceiro e ampliou sua vantagem na liderança do campeonato, que agora chega a 73 pontos. Angel Piqueras (FRINSA – MT Helmets – MSI) terminou em quarto e reassumiu a vice-liderança da temporada, superando Alvaro Carpe (Red Bull KTM Ajo), que fez uma corrida de recuperação após cumprir uma volta longa de punição e cruzou em quinto.
Joel Kelso (LEVELUP-MTA) apareceu de forma discreta, mas eficiente, garantindo o sexto lugar. Guido Pini (Liqui Moly Dynavolt Intact GP) igualou seu melhor resultado na Moto3 com a sétima colocação. Representando a Oceania, Jacob Roulstone (Red Bull KTM Tech 3) e Cormac Buchanan (DENSSI Racing – BOE) completaram em oitavo e nono, respectivamente, em um domingo de destaque para pilotos da Austrália e Nova Zelândia. O top 10 foi fechado por Marcos Uriarte (LEVELUP-MTA).
Destaque ainda para Dennis Foggia (CFMOTO Gaviota Aspar Team), que largou apenas na 24ª posição e terminou em 11º, mostrando um ritmo de corrida extremamente competitivo e conquistando pontos importantes para sua equipe.
A corrida também foi marcada por várias quedas e toques, como o incidente entre Adrian Fernandez e Rueda na volta 9, que resultou na quebra do paralama da moto de Fernandez e, logo depois, em sua queda. David Almansa (Leopard Racing) também caiu duas vezes, uma no início ao ser forçado para fora da pista e outra na volta 16, quando tentava voltar ao grupo da frente.
Scott Ogden (CIP Green Power), que havia conquistado a pole position, perdeu posições no início e caiu fora da corrida ainda nas voltas finais. Yuki Kunii, Nicola Carraro e Leonardo Abruzzo também deixaram a prova após acidentes em pontos distintos do circuito.
Com emoção do início ao fim, o GP da Alemanha reforçou a fama da Moto3 como a categoria mais imprevisível do Mundial. A próxima etapa será no icônico circuito de Brno, onde a expectativa é de mais um capítulo imprevisível nesta acirrada batalha pelo título da temporada 2025.
