O primeiro dia da pré-temporada 2026 da MotoGP começou com força total no Circuito Ricardo Tormo, em Valência, e trouxe uma dose especial de expectativa para os fãs brasileiros. O destaque ficou com a estreia de Diogo Moreira na MotoGP, um momento aguardado desde sua consagração na Moto2. Em meio a mudanças aerodinâmicas, novos motores e testes cruciais, o brasileiro enfim acelerou pela classe máxima e abriu um novo capítulo da carreira. Para efeitos de SEO, é importante reforçar que a estreia de Moreira ocorreu no teste oficial da MotoGP em Valência, onde as principais equipes deram início ao desenvolvimento das motos de 2026.
Os trabalhos começaram com um domínio impressionante da Aprilia. Raul Fernandez, da Trackhouse MotoGP, liderou a tabela de tempos com 1min29s373, enquanto Marco Bezzecchi garantiu a segunda posição e completou a dobradinha de Noale. Alex Márquez, da Gresini, fechou o top 3, com menos de um décimo separando os líderes. Ainda assim, o grande assunto do paddock foi o primeiro contato do brasileiro Diogo Moreira com a Honda RC213V, moto utilizada pela equipe de fábrica da HRC no encerramento da temporada 2025.

Moreira terminou o dia em 22º, a 1s824 da volta mais rápida. Para uma estreia, porém, os números foram considerados positivos. Ele completou um volume sólido de voltas e deu seus primeiros passos em adaptação ao estilo agressivo e à exigência física da MotoGP. O brasileiro utilizou a mesma versão da RC213V usada por Joan Mir e Luca Marini nas últimas etapas do ano, o que permite uma referência realista do desempenho inicial. A Honda, que testou um novo motor, peças aerodinâmicas redesenhadas e uma rabeta atualizada, prevê uma curva de evolução mais consistente em 2026, algo que também beneficia diretamente o estreante.
O dia foi movimentado também nas demais equipes. A Aprilia chamou atenção não só pelos tempos, mas por um pacote aerodinâmico totalmente novo. Bezzecchi pilotou uma moto com diferenças visíveis no conjunto frontal, lateral e traseiro, enquanto Jorge Martín usou o chassi que Bezzecchi havia adotado nas últimas etapas da temporada. Martín, ainda se recuperando fisicamente após um ano difícil, concluiu em 16º, mas com um sentimento positivo em relação às primeiras impressões da moto para 2026.

Pela Trackhouse, além da volta mais rápida de Fernandez, Ai Ogura completou 64 voltas, o maior número do dia. Ele encerrou em 11º, mostrando evolução e ritmo promissor. A equipe americana deixa Valência com uma base sólida antes dos testes de Sepang, quando receberão novas peças da fábrica.
A Ducati também deu início à sua construção do projeto 2026. Francesco Bagnaia completou 32 voltas e foi constante no top 10 durante boa parte do dia. O bicampeão de MotoGP destacou uma melhora clara no feeling da dianteira em entradas de curva. Nicolo Bulega, que substituiu Enea Bastianini nas últimas corridas, brilhou ao figurar no top 4 em determinado momento e fechar o dia em oitavo. Já Alex Márquez e Fermín Aldeguer colocaram a Gresini nas primeiras posições, em terceiro e quarto, respectivamente, somando 93 voltas e mostrando força no desenvolvimento para o próximo ano.
A KTM focou no trabalho aerodinâmico com um novo desenho das carenagens laterais. Pedro Acosta, mais uma vez o mais veloz entre as motos austríacas, finalizou em quinto com 53 voltas completadas, enquanto Brad Binder apareceu em nono. Na Tech3, Maverick Viñales e Enea Bastianini testaram novas configurações de assento, essenciais para corrigir problemas ergonômicos que afetaram 2025.
A Yamaha viveu talvez o dia mais emblemático. O novo motor V4, ainda não operando a 100% da potência, foi a estrela dos boxes de Iwata. Fabio Quartararo terminou em 15º com 1min29s927, enquanto Alex Rins e Jack Miller ficaram logo atrás. A grande surpresa foi Toprak Razgatlioglu, tricampeão do WorldSBK, que fez sua primeira aparição pública com a M1 e ficou apenas a cerca de sete décimos do tempo de Quartararo. Mesmo sem velocidade final competitiva na reta principal, o pacote mostrou potencial, e a Yamaha seguirá testando em Valência no dia seguinte.
A Honda, por sua vez, aposta que o novo conjunto pode colocá-la novamente na luta pelo top 5. Joan Mir encerrou em 12º, Johann Zarco em 13º e Marini em 14º. A evolução parece real, mas ainda há muito trabalho pela frente.
Para o Brasil, no entanto, a história do dia tem nome e sobrenome: Diogo Moreira. A estreia na MotoGP, em um ambiente repleto de expectativas, marca o começo de uma jornada que promete atrair a atenção do público nacional nos testes de fevereiro e ao longo da temporada 2026. O piloto deixou Valência com dados importantes, sensação positiva sobre a moto e a consciência de que este é apenas o primeiro passo.
O teste de Valência encerra oficialmente as atividades de pista de 2025. Agora, as equipes entram de férias antes do reinício dos trabalhos em fevereiro, quando a MotoGP se reúne no Shakedown e nos testes oficiais de Sepang. Diogo Moreira estará lá, mais preparado e mais integrado à categoria, pronto para continuar sua adaptação rumo à temporada mais importante de sua carreira.
