A temporada 2023 da Indy começa neste final de semana. Quando a bandeira verde tremular sinalizando o início do Grande Prêmio de São Petersburgo, neste domingo (5), nas ruas da Flórida, alguns dos melhores pilotos dos Estados Unidos – e porque não, do mundo – terão 17 etapas para buscar o título da mais importante categoria de monopostos das Américas.
Contando com isso, F1Mania.net mostra abaixo cinco itens para se prestar atenção na temporada da Indy. Seja a disputa entre veteranos e pilotos mais novos, o destino de competidores que, antes, miravam a Fórmula 1 e até mesmo as categorias de base a categoria americana, não faltam bons motivos para seguir o campeonato americano. Vamos a eles:
Veteranos x Novatos
A Indy sofre de um grande problema: a falta de renovação do grid. Mas, de alguns anos para cá, ela vem acontecendo, ainda que de forma tímida, formando uma espécie de embate entre quem está há anos na categoria e quem chegou agora. Will Power, o atual campeão, forma o time dos veteranos com Scott Dixon e Helio Castroneves, por exemplo.
Mas o australiano tem enfrentado pilotos bem mais novos nos últimos anos, e que chegaram querendo “tomar de assalto” as primeiras posições e a disputa pelo título. São os casos de nomes como Pato O’Ward, Colton Herta, Rinus VeeKay e Alex Palou, este último, campeão em 2021. Só o tempo mostrará quem vai levar o título deste ano.
Pilotos da Fórmula 2 migram para a Indy
Se por um lado a Fórmula 2 tem apresentado ao mundo talentos a granel, por outro, nem sempre estes pilotos têm espaço na Fórmula 1. Seja por falta de orçamento, por não integrar uma academia de pilotos ou por pura falta de vagas no grid, estes competidores têm visto a Indy como um caminho para a sequência de carreira.
Apenas no ano passado, nomes como Christian Lundgaard e Callum Ilott se mudaram para a categoria estadounidense e mostraram bons resultados, ainda que correndo por times que não são exatamente de ponta e, em alguns casos, abrindo mão de correr em ovais. Neste ano, é a vez de Marcus Armstrong chegar a Indy, defendendo a forte Chip Ganassi.
Brasil na pista
O automobilismo brasileiro segue com seus representantes tradicionais no grid da Indy. Dono de quatro vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis, Helio Castroneves parte para seu segundo ano completo com a Meyer Shank, equipe com quem venceu no Indianapolis Motor Speedway em 2021 e, mais recentemente, faturou pela IMSA as 24 Horas de Daytona.
Já o outro representante do País na Indy será Tony Kanaan. Mas, no caso do “bom baiano”, apenas para a disputa das 500 Milhas de Indianápolis, prova que o piloto garante que correrá pela última vez. Para a despedida do Brickyard e da categoria americana, o campeão da Indy de 2004 defenderá a McLaren em um quarto carro do time.
Campeonato segue em pistas tradicionais
Se você foi fã da Indy nos anos 1990, alguns dos traçados daquela época seguem no calendário até os dias atuais. São os casos de Long Beach, pista que até Fórmula 1 já recebeu, Road America, Toronto, Mid-Ohio, Portland e Laguna Seca. Outra atração será o GP de Detroit, que deixa de ser realizado na Ilha Bela e passa a ocorrer no centro da “capital do automóvel”.
Mas a principal atração da Indy é, sem dúvidas, as 500 Milhas de Indianápolis, que, como sempre, está marcada para o Indianapolis Motor Speedway. Neste ano, a corrida que vale por um campeonato na Indy está marcada para o dia 28 de maio, mais uma vez, na véspera do feriado de Memorial Day nos Estados Unidos.
Base forte e com presença feminina
Por anos, a Indy Lights contou com grids pequenos e corridas que só eram divertidas no oval de Indianápolis. Mas, neste ano, a principal categoria de acesso a Indy ganha um novo – e pavoroso – nome: Indy NXT, e passa a contar com um grid bastante maior em relação ao visto nos últimos anos.
E, para quem se acostumou a ver as categorias de base visando a Fórmula 1, a Indy NXT conta com pelo menos duas caras bastante conhecidas: Jamie Chadwick, tricampeã da W Series que se aventurará pela primeira vez nos Estados Unidos, e o italiano Matteo Nannini, que correrá pela Juncos Hollinger depois de atuar na Fórmula 3.
Nas outras categorias do “Road to Indy” ainda há brasileiros: Kiko Porto e Nicholas Monteiro correm na USF Pro 2000, enquanto Nicolas Giaffone, Erick Schotten e Lucas Fecury correrão na USF Juniors.
