O final de semana marca a edição de 2021 das 500 Milhas de Indianápolis da Indy. Neste ano, a categoria disputa a 105ª realização de uma das principais corridas do automobilismo e o grid vai contar com uma equipe majoritariamente feminina, a Paretta Autosport.
O anúncio da participação do time veio ainda em janeiro deste ano. O incentivo vem por parte do programa Race for Equality and Change [Corrida pela igualdade e mudança], que busca trazer mudanças não só na categoria norte-americana, mas também no esporte de uma maneira geral.
A equipe conta com Beth Paretta, que nomeia a escuderia, como a chefona, e de Simona de Silvestro como pilota. Ainda, tem o importante apoio da Penske, equipe multicampeã comandada por Roger Pesnke, que também está à frente da Indy e Indianápolis atualmente.
No momento, neste campeonato, a Paretta Autosport vai participar apenas da Indy 500 de 30 de maio. Entretanto, os planos são de poder participar da temporada completa do certame americano em 2022.

E a participação veio com toques de emoção. No último final de semana, Simona de Silvestro teve de passar pelo Bump Day – a última fase da classificação para garantir a última fila de largada. A suíça correu ao lado de nomes como Charlie Kimball, Sage Karam e até mesmo Will Power e conseguiu assegurar a 33ª posição.
Ao conseguir garantir uma colocação na tradicional corrida do circuito de Indiana, a equipe fez história. Desde 1911, na primeira edição das 500 Milhas de Indianápolis, essa é a primeira vez que uma equipe majoritariamente feminina se classifica para o grid. “É, definitivamente, um momento de orgulho ter tantas mulheres no muro”, disse a pilota ao site Racer.
No time, outros quatro nomes de mulheres também merecem destaque. A primeira é Mallorie Muller, responsável por abastecer o tanque de combustível de 18.5 L. Ainda, Amanda Frayer é quem vai trocar o pneu traseiro direito do carro #16.
Já do outro lado do carro, Madison Conrad é a responsável por trocar o pneu traseiro esquerdo da suíça, enquanto Caitlyn Brown é quem fica com o dianteiro esquerdo, tornando as quatro mecânicas para o carro da equipe. Outros três homens também fazem parte do time – Vance Welker, Clint Cummings e Chris Fry.
Quanto a Simona, a competidora já tem larga experiência na Indy 500. Com cinco participações na prova, fez sua estreia em 2010 e com a 14ª colocação que conseguiu naquele ano, foi vencedora do prêmio de Novata do Ano da corrida. Ainda, a melhor posição de largada que teve foi um 18º em 2015.
Já Beth também tem longa caminhada no esporte a motor e no mercado automobilístico. Além de ter trabalhado em marcas como a Aston Martin e Fiat Chrysler, também liderou projetos campeões, como o título da Penske em 2012 na Nascar Cup Series, o da IMSA GLTM em 2014 e do Trans Am no mesmo ano.
Apesar de largar da última colocação da última fila, a Paretta Autosport conseguiu superar o Bump Day e se classificou – nomes experientes como James Hinchcliffe e até mesmo Fernando Alonso já ficaram para trás nesse tão temido dia. Independente do resultado, tudo o que tem feito e alcançado já é uma vitória.
