Análise: O’Ward vence na Indy e prova que vida continua após deixar Programa da Red Bull

Patricio O’Ward é o mais novo vencedor da Indy. Na corrida 2 da etapa no Texas do final de semana, o piloto levou a melhor no oval curto para se juntar ao seleto grupo de competidores que triunfaram na categoria norte-americana. E tudo isso após deixar a Academia da Red Bull.

A equipe de F1 tem um dos programas mais conhecidos, e mais polêmicos, do cenário do esporte a motor mundial. Se no início dos anos 2000 contou com grandes nomes e apoios nas mais diferentes categorias, nos dias de hoje queima competidores a torto e a direito, mal dá tempo para desenvolvimento e adaptação e é conhecido pelo ‘moedor de carnes’.

É verdade que tem aqueles que tiveram sucesso usando as cores da marca de bebidas energéticas. Um dos mais conhecidos, sem dúvidas, é Sebastian Vettel. O alemão conseguiu uma vitória improvável com a Toro Rosso em 2008, e depois emendou quatro títulos consecutivos entre 2010 e 2013.

Atualmente, Max Verstappen é a ‘menina dos olhos’ da Red Bull. O jovem holandês tem feito bonito desde sua estreia na F1 em 2015, já venceu nove vezes e subiu 45 ao pódio, se apresentando como a principal ameaça de Lewis Hamilton na temporada 2021.

Antonio Felix da Costa
Foto: Reprodução/Twitter/@afelixdacosta

Entretanto, enquanto a lista de competidores de sucesso é curta, a daqueles que foram descartados é enorme – e não para de crescer. Existem diversos exemplos com o passar dos anos como Brandon Hartley, Carlos Sainz, Jaime Alguersuari, Daniil Kvyat, Sergio Sette Câmara e até mesmo Pierre Gasly que mesmo envolvido, vive com a constante pressão do time.

Mas cada vez mais é possível perceber que, não, a vida e a carreira não acabam após encerrar o vínculo com o time austríaca. Inclusive, é mais fácil listas os pilotos que conseguiram grandes resultados em suas carreiras após se desvencilhar do programa de pilotos e do olhar bastante crítico de Helmut Marko.

No grid da Fórmula E, por exemplo, há três enormes exemplos. Jean-Éric Vergne é tricampeão na categoria, assim como seu companheiro de Techeetah, Antonio Félix da Costa, é o campeão recente da categoria elétrica. Não bastando a dupla, Sébastien Buemi também já levou o troféu no certame chefiado por Alejandro Agag.

Callum Ilott também não teve chances de mostrar seu potencial com a Red Bull. Em 2015, pulou do kart para a F3 sob a asa da equipe e mesmo em uma campanha promissora, mas sem vitórias, rapidamente foi rejeitado. Então, nos anos seguintes, teve oito vitórias na categoria e no ano passado terminou como vice-campeão na Fórmula 2.

O’Ward, que vem evoluindo cada vez mais na Indy e agora alcançou sua primeira vitória, ficou apenas seis meses no programa. O mexicano chegou a competir em duas provas na F2 e três na Super Formula japonesa para se preparar para a F1, mas logo focou toda a sua atenção para o automobilismo norte-americano.

Estar envolvido com a Red Bull é, sem dúvidas, um grande negócio. Conta com apoio especializado, uma importante quantia de dinheiro e pode se preparar da melhor maneira para tentar perseguir o sonho da Fórmula 1. Mas, ao mesmo tempo, é jogado dentro de uma panela de pressão sem a menor chance de erro, com dedos apontados no primeiro deslize. E talvez seja por isso que, quando saem do moedor de carnes, os pilotos podem, de fato, mostrar do que são capazes.

 

 

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