A IndyCar confirmou oficialmente o adiamento da estreia de seu novo chassi, que agora está previsto para 2028. A revelação encerra meses de especulações sobre o cronograma, e marca uma mudança estratégica na categoria, que pretende oferecer uma plataforma mais leve, moderna e atraente para a nova geração de fãs, sem perder a identidade visual que caracteriza os carros da Indy.
A nova estrutura está sendo desenvolvida em parceria com a Dallara e terá como base a integração de tecnologias já adotadas nos últimos anos, como a tela de proteção Aeroscreen e o sistema híbrido de baixa voltagem, além de inovações estruturais e aerodinâmicas. Os testes em pista com o novo chassi devem começar em 2026, dois anos antes da estreia oficial.
“O tempo chegou para um novo chassi na NTT IndyCar Series”, declarou Doug Boles, presidente da categoria. “O DW12 serviu muito bem à Indy desde 2012, proporcionando ótimas corridas roda a roda e importantes avanços em segurança. Mas as atualizações mais recentes, como a adoção do Aeroscreen e da unidade de potência híbrida, aceleraram a necessidade de um projeto completamente novo.”
Segundo Boles, o conceito que está sendo desenvolvido com a Dallara pretende atender tanto ao apelo visual quanto às exigências técnicas da categoria. “Estamos satisfeitos com o que foi desenhado até agora. Acreditamos que vai agradar aos fãs e às equipes, além de elevar ainda mais o padrão de segurança e competitividade da Indy para os próximos anos”, completou.
Entre as principais metas do novo chassi está a redução de peso. A estrutura atual, DW12, tem sido alvo de críticas por seu excesso de massa, resultado de sucessivos acréscimos de componentes de segurança e da introdução do sistema híbrido. A proposta é cortar entre 38 e 45 kg da estrutura do carro, além de uma economia adicional de cerca de 11 kg no câmbio. Essa redução visa devolver agilidade ao carro e tornar a pilotagem mais responsiva.
Apesar disso, o sistema híbrido permanecerá em uso e deverá passar por uma evolução, com foco em aumentar tanto o desempenho quanto o tempo de utilização durante as corridas. A Indy também planeja implementar um novo motor 2.4 litros em paralelo à introdução do novo chassi. Esse propulsor, originalmente previsto para estrear anos atrás, acabou sendo engavetado em favor da manutenção da unidade atual de 2.2 litros. Agora, o plano é retomar o desenvolvimento e trazer mais potência ao pacote técnico.
Além da Dallara, outros fornecedores permanecerão como parceiros da Indy na nova geração de carros. A Xtrac continuará sendo a responsável pelas transmissões, enquanto a PFC seguirá fornecendo os sistemas de freio. O conceito visual do novo chassi já foi apresentado de forma preliminar a alguns chefes de equipe e pilotos, mas as reações ainda não foram divulgadas publicamente, uma vez que o projeto ainda pode passar por ajustes significativos.
A manutenção do Aeroscreen também é um ponto de destaque. Introduzida como medida de segurança em 2020, a proteção será incorporada desde o início no novo desenho, o que deve aprimorar sua integração com o restante do carro e melhorar o equilíbrio geral da estrutura.
A confirmação da nova data, agora marcada para 2028, reflete o compromisso da IndyCar com o desenvolvimento de um projeto mais robusto e com menos riscos de imprevistos técnicos. Ao antecipar os testes para 2026, a categoria espera ter tempo suficiente para corrigir eventuais problemas e garantir uma estreia sólida e segura para a nova geração de carros.
Enquanto isso, o chassi DW12 continuará em ação nas pistas da Indy até o fim de 2027, completando um ciclo histórico de mais de 15 anos de uso ininterrupto, algo raro em categorias de alto nível do automobilismo mundial.
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